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8ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA ACIA

CHINA: Da imitação à inovação

O avanço do crescimento da economia e presença chinesa no Brasil e no mundo foi o tema da Reunião Ordinária da ACIA desta quarta-feira (16)

“Enriquecer é glorioso”, com esta frase do líder chinês Deng XiaoPing (1904-1997) o convidado da 8ª Reunião Ordinária da Associação Comercial e Industrial de Anápolis, Edival Lourenço Júnior, iniciou a palestra “China: da imitação à inovação”, onde foi abordado o processo de enriquecimento chinês, sua relação direta com Goiás e a desmistificação de muitos pré-conceitos ocidentais sobre o “dragão asiático”.

Ele foi recebido pelo presidente da Entidade, Álvaro Otavio Dantas Maia, e Diretoria. O presidente enfatizou a importância de entender a relação com os chineses que vai desde o convívio local, devido à forte presente de imigrantes na cidade de Anápolis, a transações internacionais como sendo primordial para todos, principalmente para os empresários, que têm a possibilidade de fechar muitos negócios com o país oriental.

Edival Lourenço Júnior é superintendente de Negócios Internacionais do Governo de Goiás, formou se em administração de empresas pela PUC-Goiás e viveu 10 anos na China, onde fez MBAna Universidade de Pequim e atuou em uma grande multinacional chinesa.

Ele fez um histórico de desenvolvimento e desafios do povo chinês destacando que após 100 anos de humilhação, o gigante asiático tem hoje um crescimento acelerado na economia mundial e provavelmente em 2025 deve se tornar o líder da economia ultrapassando os Estados Unidos da América.

Destacou ainda a guerra comercial que estes dois países enfrentam e alertou que “não se pode olhar para a China por um prisma ocidental”.

Daí a necessidade de cada vez mais entender e saber se relacionar com os chineses.

Esclareceu que embora comunista, a intenção do governo chinês não é impor suas ideologias e cultura a outros países, mas apenas fazer negócios e por isso tem feito o dever de casa com o investimento em educação e buscando atrair, além dos chineses que deixaram o país,
estrangeiros com dedicação e habilidades para o desenvolvimento da ciência e tecnologia.

Um desses estrangeiros, que também viveu cerca de dez anos na China, é o diretor da ACIApara Assuntos de Convênios, Jean Constant. Ele contou que voltou de lá em 2002 e participou de uma interface Brasil – China, promovida pelo governo chinês, destacou a hospitalidade que recebeu e a troca de informações e relações comerciais feitas no período.

O diretor da ACIA para Assuntos do DAIA e ex secretário estadual de desenvolvimento econômico, Francisco Pontes, também destacou essa hospitalidade, afirmou ainda que o governo chinês tem interesse em ensinar ao mundo como se faz negócios com eles.

Outro diretor da ACIA, professor Antônio de Deus Teles Filho, quis pontuar os problemas enfrentados pela China quanto à poluição do meio ambiente e o problema da mão de obra barata. Mas destacou que a grande lição que a China tem para ensinar ao mundo é a filosofia confucionista, os valores familiares e a disciplina.

O palestrante afirmou que na China as coisas tendem a mudar muito rapidamente e que um operário de fábrica lá ganha mais que no Brasil. Além disso, há um forte investimento em energia renovável tanto na construção de placas solares como em carros elétricos

O radialista Cândido Filho quis saber a respeito das relações internacionais e se a grande aproximação do governo brasileiro aos Estados Unidos atrapalharia os negócios com a China, e também se há risco de haver dependência das exportações brasileiras ao país oriental.

Sobre as relações internacionais, ele afirmou que o objetivo chinês é mesmo fazer negócios. Ele destacou ainda outras frases de Deng XiaoPing, em uma referência ao Capitalismo ou Comunismo, afirmou:

“não importa se o gato é branco ou se o gato é preto, desde de que ele cace rato”.

Explicando que a idéia é que não se pode ser pobre e que socialismo não é sinônimo de pobreza.

“E não há problema que alguns enriqueçam antes, pois assim eles podem mostrar o caminho”.

Para o palestrante o governo chinês tem muito claro que o socialismo da China é para a China e que por isso eles não têm o objetivo de impor nenhuma ideologia às demais nações, apenas realizar negócios: “eles enviam executivos e não soldados”, destacou Edival.

O diretor da ACIA, Sóstenes Arruda, e o membro do Conselho Consultivo da Entidade, Luiz Medeiros Pinto, parabenizaram o superintendente Edival Júnior pelo trabalho que está desempenhando.

Luiz Medeiros acrescentou ainda que acredita ser fundamental as missões internacionais para captar investimentos para Goiás e que vê isso como “investimento” e não “gasto”, mesmo entendo a necessidade de contenção de gastos do Governo do Estado.

Edival Júnior encerrou afirmando que sua pasta está aberta a contribuições, principalmente dos empresários que têm experiência na área internacional.

Sobre as missões, afirmou que espera que o governo do Estado reequilibre as contas para que possam fazer uma agenda, mas que em contrapartida tem recebido muitas visitas, não só de empresários chineses, mas também do Canadá e da Espanha. Também se colocou à disposição para facilitar negociações dos empresários goianos com a China e também outros países.

O presidente Álvaro Otávio Dantas Maia afirmou que esse é o objetivo da ACIA, que os empresários possam entender melhor o mercado externo e expandir seus negócios.

Ano XIV – N.º 427 – Agosto de 2019 – www.aciaanapolis.com.br

Link original da matéria:
http://www.aciaanapolis.com.br/site/wp-content/uploads/2019/08/acia-em-a%C3%A7%C3%A3o-427.pdf

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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