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A Reunião...

Comerciantes denunciam que a praça Dom Emanuel virou ponto de consumo e tráfico

A presença de até 40 indivíduos no local, entre mendigos, usuários de crack, traficantes, prostitutas e travestis.

Comerciantes da região próxima à praça Dom Emanuel, no bairro Jundiaí, zona central de Anápolis procuraram a redação do CONTEXTO para denunciar uma situação que consideram insustentável.

A presença de até 40 indivíduos no local, entre mendigos, usuários de crack, traficantes, prostitutas e travestis.

A “reunião”, segundo os donos de estabelecimentos, que preferiram não se identificar para se resguardar contra retaliações, começa por volta das 18h30, quando escurece. Na medida em que o movimento vai diminuindo, eles vão ficando mais visíveis. Até que, na madrugada, estão completamente à vontade, gritando, consumindo álcool e drogas abertamente e importunando eventuais pessoas que passam pela área.

Os comerciantes tiveram o cuidado de deixar claro à redação do CONTEXTO que não tem nenhum preconceito contra os mendigos, travestis e mesmo os usuários de drogas. Eles reclamam apenas dos transtornos que estão causando, com algazarra e cenas assustadoras para clientes que, ao se depararem com certos absurdos, acabam preferindo se dirigir à outros locais, prejudicando as vendas.

Transtornos
Um dos empresários contou que um cliente havia estacionado com a família para comprar refrigerantes, quando foi abordado por um travesti na porta de uma conveniência. Ele desistiu da compra imediatamente e foi embora. O comerciante reclamou com o travesti, mas teve como resposta uma agressão verbal. “Sinceramente não sei lidar com essas pessoas. Elas parecem falar uma outra língua, ter um outro código moral, para não dizer que são perigosas”, descreve ele.

Outra dona de um estabelecimento afirma ter flagrado mais de uma vez cenas de sexo dentro de veículos estacionados no perímetro. Pessoas fumando cachimbos de crack também são vistas durante toda a madrugada, andando de um lado para o outro. Quanto aos mendigos, muitos preferem o álcool e, em sua maioria, passam o tempo dormindo. “Mesmo assim é uma cena lamentável”, conta a mulher. Ela também relata a reclamação de alguns clientes que temem ser abordados por essas pessoas. “Eles geralmente querem pedir dinheiro, mas acabam assustando, pelo seu aspecto entorpecido e imprevisível”, completa.

Isolamento Social

O fato é que, com o isolamento social, a praça Dom Emanuel ficou deserta por muitas semanas, especialmente à noite, sendo eleita como novo quartel general desse grupo de pessoas, que passaram muito tempo sem serem incomodadas pelas autoridades.

“Gostaríamos de uma atenção especial da Polícia Militar e dos programas de assistência social do poder público”,

solicita um terceiro empresário do setor. Para ele, o ideal seria que todos tivessem espaço para usufruir dos benefícios proporcionados a quem está inserido adequadamente na sociedade, ao invés de margeá-la, causando insegurança a quem dela faz parte de fato.

Procurada pela reportagem, a PM, através do comando regional em Anápolis, prometeu intensificar o patrulhamento na praça, realizando abordagens e acionando o serviço reservado para acompanhar situações, com o objetivo de flagrar o comércio de entorpecentes ou outros eventuais crimes, o que deve ser suficiente para eliminar o hábito dessas pessoas de frequentar o local.

Já a prefeitura, através do serviço social, afirmou já ter recebido denúncias nesse sentido, tendo inclusive iniciado a abordagem às pessoas em vulnerabilidade social que frequentam a praça. Infelizmente nem todas são receptivas, mas o trabalho está avançando, no sentido de oferecer abrigo, alimentação e condições de reintegração social através de um protocolo próprio para esse tipo de situação.

De José Aurélio Mendes

[caption id="attachment_83554" align="alignnone" width="1024"] Além disso, o local teria se transformado em abrigo para mendigos e referência para a prostituição de mulheres e travestis PContexto[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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