Em Anápolis
Músico e dentista são presos suspeitos de guardar e distribuir pornografia infantil
Polícia Civil informou que, por conversas, um afirmou que doparia um bebê para que o outro cometesse o abuso.

Equipes apreenderam celulares e computador em que estavam as imagens.
A Polícia Civil prendeu um músico e um cirurgião-dentista suspeitos de armazenar e divulgar material com pornografia infantil, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Os jovens foram detidos na manhã desta quinta-feira (9), quando os policiais também localizaram os arquivos que eles compartilhavam pela internet e as mensagens que trocavam entre si.
Em uma delas, eles planejavam estuprar um bebê.
Segundo a corporação, eles foram presos em flagrante, tiveram uma fiança arbitrada, cujo valor não foi divulgado, e foram levados à Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc). Eles não pagaram o valor estipulado e foram levados ao presídio, onde aguardam audiência de custódia.
Até as 9h45 não havia informações se eles tinham constituído advogados. Assim, o G1 não conseguiu um posicionamento dos detidos sobre o caso.
As investigações apontaram que os dois jovens eram um casal e trocavam entre si as fotos e vídeos de pornografia infantil. Além disso, conforme a polícia, também compartilhavam o material com outros contatos pela internet.
“São imagens chocantes até para a polícia que está habituada a investigar esse tipo de crime, mas nunca nos acostumamos”, disse a delegada Sabrina Leles, que está responsável pelo caso.
Conversas vistas nos celulares dos investigados também apontaram que eles planejavam realizar sexo com crianças, tendo o cirurgião-dentista escrito que “doparia” um bebê para que o outro cometesse o abuso.
Também na troca de mensagens, segundo a Polícia Civil, o cirurgião escreveu que, ao atender crianças em consultórios, se lembra dos vídeos de pornografia que os dois jovens compartilhavam.
Investigação
A ação para prender os jovens e apreender os aparelhos eletrônicos foi realizada por equipes da Dercc e Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Anápolis, após uma denúncia anônima.
“Parabenizo a pessoa que teve essa atitude e coragem de trazer esse fato ao conhecimento da Polícia Civil. Através da denúncia, que se referia a um deles, as investigações nos levaram ao outro. […] Comprovamos que eles trocavam essas mensagens com imagens pornográficas infantis e faziam parte de grupos com membros que têm a mesma prática”, disse a delegada.
As investigações continuam para apurar se algum deles cometeu algum abuso sexual e também para identificar as pessoas para quem eles enviavam os vídeos e fotos.
Aqueles que recebiam o material pornográfico também devem ser identificados, localizados e podem responder criminalmente.
Por Vanessa Martins, G1 GO

