Notícias : Anápolis

Prefeitura Anápolis Trabalhando

Prefeito Roberto Naves anuncia que Anápolis seguirá decreto municipal a partir desta quarta-feira (14)

Após o pior mês desde o início da pandemia, nos últimos 10 dias houve uma queda considerável na internação de pacientes graves e o sistema de saúde passa por um momento de estabilização

Decisão de manter as atividades econômicas funcionando já era esperada após queda nos casos, óbitos e internações graves no município nos últimos 10 dias.

Sistema municipal de saúde estabiliza após viver em março o pior mês desde o início da pandemia

A partir desta quarta-feira (14), volta a valer em Anápolis o decreto municipal, normatizado por uma matriz que leva em consideração o risco de colapso no sistema de saúde. Nos últimos 10 dias, houve uma queda significativa na quantidade de casos confirmados, óbitos e internações graves. No caso dos leitos de UTI, fator principal da matriz de risco, a taxa de ocupação hoje é de aproximadamente 70%, o que coloca o município no chamado “risco moderado” de colapso no sistema de saúde.

Com a decisão do executivo em devolver a vigência do decreto municipal, o revezamento 14×14 determinado pelo Estado não tem mais validade no município a partir desta quarta-feira (14). Pelas regras do decreto estadual, o município teria que adotar novamente as medidas mais restritivas, popularmente conhecidas como “lockdown”. Com a nova realidade do sistema municipal de saúde, a Prefeitura entende que conta com mecanismos jurídicos para adotar novamente o próprio decreto, com protocolos que permitem o funcionamento de boa parte das atividades econômicas, com todos os cuidados sanitários previstos em Lei.

Em vídeo publicado nas redes sociais, onde o anúncio foi feito, o prefeito Roberto Naves destacou a importância de se ter um equilíbrio entre as medidas restritivas e o funcionamento das atividades econômicas: “Nós estamos aqui pra enfrentar a pandemia, pra salvar o maior número de vidas possível, mas também pra garantir o direito de cada trabalhador pra que possa levar o sustento pra sua família”, disse o prefeito. Ele ainda pediu a colaboração dos anapolinos para que respeitem as normas sanitárias. “Sigam os protocolos e ajudem a Prefeitura de Anápolis a continuar preservando a vida e dando condições para que o trabalhador possa levar o sustento pra casa”, finalizou Naves.

Segunda onda em queda

Para se ter uma ideia da queda nos índices da pandemia em Anápolis, se levarmos em conta os 10 últimos dias de março em comparação aos 10 primeiros dias de abril, a diminuição dos casos confirmados é de 61%, tendo sua média caindo de 328 casos por dia no primeiro período para 125 casos por dia no segundo. No quesito óbitos também houve uma queda considerável, com redução de 40% na média de óbitos nos últimos dez dias. Os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde atribuem esta queda à adoção de medidas restritivas em março, pior mês da pandemia, e também à campanha de vacinação no município que tem sido eficaz e rápida.

Em Anápolis, ocupação de UTI´s estabiliza abaixo de 80% da capacidade dos leitos

Após o pior mês desde o início da pandemia, nos últimos 10 dias houve uma queda considerável na internação de pacientes graves e o sistema de saúde passa por um momento de estabilização

Em Anápolis, os números de casos, óbitos e internações graves começam a dar indícios de que a segunda onda da Covid-19 pode estar em declínio. Assim como o Estado e todo o país, a cidade viveu em março o pior mês desde o início da pandemia. Técnicos da área da saúde já diziam que era o chamado “pico da onda” e que logo em seguida viria o início da queda. Ao que tudo indica, ela chegou e começa a aliviar a pressão no sistema municipal de saúde.

Nos últimos 10 dias, a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes de Anápolis caiu de 89 para 60 leitos ocupados. Tendo em vista que a cidade conta com 93 leitos desta natureza, a ocupação hoje seria de aproximadamente 65%. Segundo a equipe da Secretaria Municipal de Saúde que analisa os dados da pandemia em Anápolis, um dos principais motivos da queda foram as ações restritivas do mês de março. Segundo eles, os reflexos de uma medida restritiva no sistema de saúde acontecem dias, ou até semanas, após as ações. “Se o município não tivesse tomado medidas mais duras durante a segunda onda em março, os números mostram que o resultado poderia ser catastrófico. Hoje, os dados mostram que as medidas ajudaram a controlar a segunda onda”, diz o secretário municipal de saúde, Júlio Spindola.

Novo decreto

A expectativa agora fica por conta de um novo decreto por parte do executivo municipal. Nesta quarta-feira (14), encerra-se o ciclo de 14 dias previsto no Decreto Estadual. Este decreto prevê o chamado revezamento 14×14 e, portanto, se o município seguir acompanhando o Governo do Estado, as atividades econômicas voltam a ter restrições mais severas. Porém, com essa recente estabilização no sistema de saúde e os novos dados apresentados, existe a possibilidade que Anápolis volte a adotar a matriz de risco municipal. Segundo esta matriz, uma ocupação de leitos de UTI abaixo de 90% – como é o caso agora – coloca o município no chamado “risco moderado de colapso no sistema de saúde”, que tem regras parecidas com o que a cidade está seguindo hoje. Nos próximos dias, a equipe ténica da SEMUSA vai se reunir para avaliar o cenário e tomar as decisões.

 

[caption id="attachment_97293" align="alignnone" width="1024"] Em Anápolis, ocupação de UTI´s estabiliza abaixo de 80% da capacidade dos leitos[/caption]
[caption id="attachment_97294" align="alignnone" width="1024"] Após o pior mês desde o início da pandemia, nos últimos 10 dias houve uma queda considerável na internação de pacientes graves e o sistema de saúde passa por um momento de estabilização[/caption]
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

    Artigos relacionados

    Deixe um comentário

    Verifique também
    Fechar
    Botão Voltar ao topo