Inquérito do golpe
Bolsonaro diz que Brasil precisa de “apoio internacional” contra “problema de ditadura”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ajuda internacional para que o Brasil saia de um suposto “problema de ditadura” vivido no país.

A fala foi dada ao jornal britânico Financial Times e publicada nesta terça (25), mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para torná-lo por suposta tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, Bolsonaro disse: "Temos um problema de ditadura, uma ditadura real. O Brasil não tem como sair dessa situação sozinho. Precisa de apoio internacional." pic.twitter.com/BiHnrAJxnn
— Patriota Voltou (@PATRl0TA) March 27, 2025
Ao periódico britânico, Bolsonaro disse que o Brasil não consegue sair sozinho da situação em que se colocou e que há um movimento em direção a uma ditadura de esquerda semelhante à da Venezuela.
Temos um problema de ditadura, uma ditadura real.
O Brasil não tem como sair dessa situação sozinho.
Precisa de apoio internacional, disse ao Financial Times.
Bolsonaro e mais sete aliados que fazem parte do chamado “núcleo crucial” da suposta tentativa de golpe de Estado devem ter a decisão dos ministros da Primeira Turma do STF divulgada nesta quarta (26), com a expectativa de que sejam tornados réus na ação.
Para ele, o ministro Alexandre de Moraes, que relata o processo, tem “pressa” para considerá-lo culpado.
Ele já tem a sentença para mim, 28 anos de prisão.
Não acho que eles me queiram na prisão, eles me querem morto.
É isso que está em jogo no Brasil, disparou.
Bolsonaro diz que país vive 'ditadura' e precisa de 'apoio internacional' https://t.co/GDxZdQ1qMD
— Revista Oeste (@revistaoeste) March 26, 2025
Essa mesma alegação foi dada pelo filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que decidiu se licenciar do cargo para ficar nos Estados Unidos articulando apoio americano no processo judicial brasileiro através de sanções com base na Lei Magnitsky, para punir violadores de direitos humanos.
Bolsonaro é apontado pela PGR como o líder da suposta tentativa de golpe que teria culminado com os atos de 8 de janeiro de 2023, com a condenação de centenas de pessoas.
Para ele, as acusações são “ridículas”, e que a inelegibilidade a que foi condenado por ações anteriores seriam uma “negação da democracia”.
Eu não estar na urna [em 2026] é uma negação da democracia.
É o fim da democracia, pontuou.
O ex-presidente ainda comparou a situação atual do Brasil à da oposição na Venezuela, em que a líder Maria Corina Machado foi proibida pelo regime de Nicolás Maduro de concorrer nas eleições presidenciais do ano passado.
A única bandeira que Lula tem é a falsa bandeira de defender a democracia.
Ele é a mesma pessoa que estendeu o tapete vermelho para Maduro,
disse em referência à visita do ditador venezuelano ao Brasil recebido com honras de Estado.
Por Guilherme Grandi
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