Escândalo descoberto
Bolsonaro era visto como “Trump tropical” pela USaid
Ex-secretário de Trump, Michael Benz também afirmou que a agência influenciou no resultado das eleições de 2022 no Brasil.
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores se pronunciaram nas redes sociais nesta 3ª feira (4.fev.2025) a respeito da declaração de Michael Benz, ex-chefe da divisão de informática do Departamento de Estado dos Estados Unidos durante o 1º governo de Donald Trump (Republicano).
Ele afirmou que a USaid (United States Agency for International Development) via Bolsonaro como “Trump tropical”.
O norte-americano afirmou em entrevista a Steve Bannon no programa The War Room, na 2ª feira (4.fev.), que se a USaid não existisse, Bolsonaro “ainda seria presidente” no Brasil.
A entrevista BOMBÁSTICA entre Mike Benz e Steve Bannon revela uma polêmica atuação da USAID no Brasil, sugerindo que a agência teve um papel na saída de Jair Bolsonaro do poder.
Benz argumenta que a USAID classificou Bolsonaro como um "Trump dos Trópicos" e organizou um esforço… pic.twitter.com/9wDeDG5r4t
— Lorenzo Ridolfi (@lorenzoridolfi) February 4, 2025
Ele disse que a agência teve um “papel crucial” nas eleições de 2022 e que financiou esforços para controlar informações e censurar mensagens de apoio ao ex-presidente.
Bolsonaro apenas republicou nos stories do seu perfil oficial no Instagram a postagem do deputado estadual Major Mecca (PL-SP),
em que escreveu que Benz havia revelado que foi instituído um tribunal da censura contra o agora ex-presidente.
O filho do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também vinha compartilhando posts sobre as declarações de Benz a USaid.
Sugeriu que apoiadores acompanhem o caso.
Após a afirmação sobre a suposta influência nas eleições passadas, o congressista afirmou que
podiam botar Jesus para concorrer em 2022 que não teria ganho.
Podiam botar Jesus para concorrer em 2022 que não teria ganho. pic.twitter.com/YXdh6iXtgx
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) February 4, 2025
Eduardo também publicou uma nota sobre o caso no X.
Segundo o congressista e secretário de Relações Institucionais e Internacionais do PL,
é fundamental que o Congresso Nacional e demais instituições competentes investiguem o financiamento e a atuação dessas organizações em território brasileiro.
Também pediu que
o Itamaraty “e os órgãos de inteligência avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil”.
O deputado afirmou que a
influência da USaid se deu por meio do financiamento de ONGs e veículos de mídia alinhados a uma agenda específica.
Eduardo declarou que Sleeping Giants Brasil e Alma Preta teriam recebido recursos e promoveram “campanhas de censura”.
Citou também a Agência Lupa, que teria sido, segundo ele, financiada para sustentar a narrativa oficial sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023,
e o Instituto Vero, do influenciador Felipe Neto, que recebeu US$ 30 mil diretamente da Embaixada dos EUA.
Quais leis estão sendo violadas, e merecem investigação??? pic.twitter.com/yqKFalk3iz
— Lou Novak 💚💛💚💛 (@Louh_novak) February 5, 2025
Em resposta ao deputado, a Lupa enviou uma nota ao Poder360 por meio de sua diretora-geral, Natália Leal.
Ela diz que agência nunca recebeu recursos da USaid nem teve qualquer relação direta com a entidade.
Leia a íntegra da nota da Agência Lupa:
“Sobre a matéria em que o Eduardo Bolsonaro acusa algumas organizações de mídia de receberem dinheiro do USAID para defender agendas,
gostaria de ressaltar que a Lupa jamais recebeu recursos financeiros diretamente do USAID e que não temos nem nunca tivemos qualquer relação direta com a entidade.
Recebemos recursos do ICFJ para projetos relacionados aos eventos do 8 de janeiro de 2023.
Não temos ingerência sobre as estratégias de financiamento do ICFJ, que, caso tenha, de fato, recebido recursos do USAID, é quem deve ser questionado.
A Lupa não defende agendas que não sejam a da qualificação do debate público, da integridade da informação, da luta por um ambiente digital mais seguro para todos e da promoção da educação midiática e do pensamento crítico”
Já o filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), escreveu no X nesta 3ª feira sobre o caso. Ele questionou se o TSE (Tribunal Eleitoral Superior) irá investigar “a denúncia” do ex-secretário.
🚨“Se a USAID não existisse, @jairbolsonaro ainda seria o presidente do Brasil e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta.”
Foi que afirmou o norte-americano @MikeBenzCyber , que foi chefe da divisão de informática do Departamento de Estado durante o primeiro governo… pic.twitter.com/0TZGgEbfFy— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) February 4, 2025
Outros políticos da oposição brasileira também falaram sobre o caso:
Deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC):
São gravíssimas as denúncias de interferência estrangeira e da USAID nas eleições e na internet livre no Brasil por meio de financiamento de ONGs.
Em 2023, apresentei o PL 5198 para definir critérios de transparência às doações recebidas por estas instituições e vedar… https://t.co/6pstq8QYnG
— Júlia Zanatta (@apropriajulia) February 4, 2025
Deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ):
Estão acompanhando o escândalo da USAID? É um tipo de escândalo que vai abalar as estruturas de todo o mundo! Segundo Mike Benz, ex-agente do governo norte-americano, se não fosse a USAID, Bolsonaro seria reeleito e não teríamos censura no Brasil. Sugiro acompanhar as postagens… pic.twitter.com/wAhWIpffJA
— Helio Lopes (@depheliolopes) February 4, 2025
Deputado Carlos Jordy (PL-RJ):
Ex-chefe da Divisão de Informática do primeiro Governo de Trump, Mike Benz, acusa o governo de Biden de financiar campanha de censura contra Bolsonaro nas eleições. Ele afirma que, se não existisse a USAID, Bolsonaro ainda seria presidente e acusa o órgão de gastar milhões de… pic.twitter.com/rsNfAqAyPa
— Carlos Jordy (@carlosjordy) February 4, 2025
Deputado Gustavo Gayer
Deputado Gustavo Gayer diz que interferência da USAID no Brasil e contra Bolsonaro foi tão forte que Mike Benz falou novamente nisso hoje.
“Precisamos de assinaturas para abrir CPI e convocar essas autoridades para prestarem esclarecimentos sobre essa interferência.”
— Jakelyne Loiola (@Jakelyneloiola_) February 5, 2025
Entenda o caso
Na 2ª feira (3.fev), o bilionário Elon Musk, líder do Doge (Departamento de Eficiência Governamental) do governo Trump, afirmou que quer fechar a USaid.
O órgão público é responsável por cerca de 40% da ajuda humanitária do mundo.
No mesmo dia, Musk começou a compartilhar as declarações de Michael Benz afirmando que a USaid foi usada para influenciar a mídia internacional.
Na entrevista em que citou Bolsonaro, Benz declarou a agência classificou
o populismo como uma ameaça à democracia, iniciando uma campanha de censura contra movimentos populistas globais,
incluindo o ex-presidente do Brasil.
https://twitter.com/bielconn/status/1886105175481328126
Segundo o norte-americano,
a USaid teria investido em operações e financiamento de legislação contra a desinformação dentro do TSE
para censurar conteúdos de Bolsonaro nas redes sociais.
Benz comparou a atuação da USaid no Brasil
a um polvo de censura, com tentáculos estendidos por todo o ecossistema de informação do país,
e fez uma analogia com a Operação Mockingbird, uma iniciativa uma iniciativa da CIA para influenciar a mídia internacional nas décadas de 1950 e 1960.
No vídeo compartilhado no X,
o ex-secretário escreveu:
Se a USaid não existisse, Bolsonaro ainda seria presidente do Brasil.
Leia a íntegra da nota de Eduardo Bolsonaro:
“As recentes denúncias do pesquisador e ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA, Michael Benz,
sobre a atuação da USAID (United States Agency for International Development) como ferramenta de influência política e interferência eleitoral em países soberanos, incluindo o Brasil, são alarmantes e requerem atenção imediata.
“Diante dessas revelações, é fundamental que o Congresso Nacional e demais instituições competentes investiguem o financiamento e a atuação dessas organizações em território brasileiro.
Transparência e soberania não podem ser negociadas.
Além disso, é necessário que o Itamaraty e os órgãos de inteligência avaliem os riscos dessa interferência para a segurança institucional e política do Brasil.
“O Brasil precisa reagir a essa ingerência que compromete sua soberania.
Minha equipe já está preparando requerimentos de informação ao MRE e ao TSE, a fim de esclarecer o financiamento dessas entidades no país.
Além disso, denúncias formais serão apresentadas à PGR para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
“Benz destaca que a USAID, sob a administração Biden, tem financiado ONGs, veículos de mídia e movimentos políticos com o objetivo de moldar narrativas e interferir na democracia brasileira.
Ele afirma que a agência ‘atua como um braço de manipulação geopolítica, financiando ONGs, veículos de mídia e movimentos políticos alinhados aos interesses do establishment americano’.
“Trata-se de uma estratégia já aplicada em diversos países da América Latina: injetar recursos em organizações alinhadas a um determinado espectro ideológico, minando governos e candidatos que não se curvam aos interesses globalistas.
“Essa interferência não se restringe ao debate público, mas afeta diretamente o equilíbrio democrático do país.
Em suas palavras, Mike Benz alerta: ‘
Se não fosse pelo financiamento da censura pela USAID e a rede operacional de censura do NED,
ainda haveria uma Internet livre no Brasil, e Jair Bolsonaro ainda seria seu presidente eleito por direito.
“O impacto dessa influência vai além da política, atingindo diretamente processos eleitorais e políticas nacionais, como as questões ambientais e de soberania sobre a Amazônia.
A ingerência externa, disfarçada de assistência humanitária e combate à desinformação, na verdade, serve para favorecer agendas estrangeiras em detrimento da vontade popular.
“A influência da USAID no Brasil ocorre por meio do financiamento de ONGs e veículos de mídia alinhados a uma agenda específica.
Como destaca o jornalista David Ágape, em 2024 a agência destinou US$ 680 mil à Cáritas Brasileira e repassou recursos por meio de intermediários como o Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ).
Entre os beneficiários estão:
Sleeping Giants Brasil e Alma Preta, que promovem campanhas de censura e atacam veículos independentes;
Agência de checagem Lupa, financiada para sustentar a narrativa oficial sobre os eventos de 8 de janeiro de 2023;
Instituto Vero, de Felipe Neto, que recebeu US$ 30 mil diretamente da Embaixada dos EUA.
“A administração de Donald Trump já está tomando medidas para reduzir esse financiamento e há uma mobilização para fechar a USAID após 64 anos.
Além dessas ações, já assinei a CPI proposta pelo deputado Gustavo Gayer, que busca investigar a atuação da USAID e o financiamento estrangeiro de entidades que operam dentro do Brasil para influenciar a política nacional.
“Os EUA são um país próspero não por explorar outras nações, mas por valores como liberdade econômica, liberdade de expressão e instituições sólidas.
São esses princípios que deveríamos buscar replicar, e não a ideologia woke e a indústria da censura promovidas pela USAID.
Permanecemos vigilantes e comprometidos em promover um debate amplo sobre essa questão, assegurando que medidas concretas sejam adotadas em defesa da nossa soberania.
“EDUARDO BOLSONARO Secretário de Relações Institucionais e Internacionais do Partido Liberal – PL”.
🇺🇲🚨 PRESTAÇÃO DE CONTA:
Em apenas 2 semanas:
México cedeu
Panamá cedeu
Colômbia cedeu
Venezuela cedeu
Canadá em pânico
Deportações em massa
Reféns estão em casa
Programas DEI terminaram
Burocracia reduzida
Expurgos do FBI estão em andamento Financiamento da USAID… pic.twitter.com/C4FnKtoM3y— Conservatism And Elegance 🇺🇲 (@ThayzzySmith) February 3, 2025
BOLSONARO 2026. pic.twitter.com/LmIlN7Xe7Z
— ⚔️ Júlia Bonoro Arqueira 2️⃣2️⃣ (@JuliaBonoro) February 4, 2025
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