“Chorei. Na hora, chorei”,
Anthony Garotinho revela trauma após surra de porrete: “Estou em tratamento psiquiátrico”
Ex-governador Anthony Garotinho diz que chorou após MP do Rio concluir que ele foi vítima de "intenso sofrimento físico e mental"

Rio de Janeiro – A cena se repetiu incontáveis vezes nos últimos quatro anos: o ex-governador
Anthony Garotinho acorda gritando no meio da noite, assustado por mais um pesadelo.
O que o assombra é a surra que levou de porrete dentro da ala B da Cadeia Pública José
Frederico Marques, em Benfica, na zona norte carioca, no ano de 2017.
“Eu acordava à noite gritando. Perdi a conta de quantas vezes acordei gritando. Procurei ajuda
de um psiquiatra depois disso. Estou em tratamento psiquiátrico até hoje”,
diz Anthony Garotinho em entrevista ao Metrópoles por telefone.
Nesta sexta-feira (20), o Ministério Público do Rio denunciou o policial militar Sauler Campos
de Faria Sakalem pela prática de tortura contra o ex-governador do Rio. No documento da
promotoria, o oficial é acusado de submeter Anthony Garotinho
“a intenso sofrimento físico e mental” dentro da prisão.
“Hoje, quando vi a notícia, comecei a passar mal. Tomei um Rivotril (medicamento ansiolítico).
Veio aquele filme na cabeça”,
conta Anthony Garotinho, com a voz embargada.
Choro de Garotinho
O ex-governador estava sozinho em seu endereço no Rio de Janeiro quando soube da denúncia do
MP. “Chorei. Na hora, chorei”, revela.
A esposa, Rosinha Garotinho, também ex-governadora do estado do Rio, estava na outra casa da
família, em Campos dos Goytacazes, município do interior e reduto eleitoral da família
Garotinho.
“Minha mulher também entrou em depressão e está se tratando até hoje”,
diz Anthony Garotinho, que menciona o trauma causado na família pelo episódio dentro da prisão, assim como outras
agruras enfrentadas pelo casal
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