Notícias : Brasil

Solução alternativa e seus efeitos

Bolsonaro nomeia ‘braço direito’ de Ramagem para comando da Polícia Federal

O presidente da República, Jair Bolsonaro, formalizou no Diário Oficial da União (DOU) a nomeação do delegado Rolando Alexandre de Souza para exercer o cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

Novo Comando da PF na Era Bolsonariana:
Para assumir o comando da PF, Rolando Alexandre de Souza foi exonerado do cargo que ocupava na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou, Rolando de Souza é considerado “braço direito” de Alexandre Ramagem.

A nomeação dele, que era secretário de Planejamento e Gestão da Abin, é vista como solução alternativa enquanto Bolsonaro tenta reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que impediu Ramagem de assumir o comando da Polícia Federal.

Depois da suspensão, Ramagem voltou à direção-geral da Abin.

Com Rolando de Souza no comando da instituição, o presidente também procura manter a influência de Ramagem, que é próximo à família Bolsonaro, na Polícia Federal.

Atualização G1

Bolsonaro nomeia delegado Rolando de Souza para comando da PF; posse ocorre 1 hora depois em cerimônia fechada

Nomeação ocorre após ministro do STF barrar a indicação de Alexandre Ramagem, amigo dos filhos de Bolsonaro, para a chefia da PF. Rolando era subordinado de Ramagem na Abin.

O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta segunda-feira (4) o delegado Rolando Alexandre de Souza como novo diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União”.

Cerca de uma hora depois de a nomeação de Rolando ser publicada no “Diário Oficial”, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que Bolsonaro já havia assinado o termo de posse do novo diretor-geral da PF, o que ocorreu no gabinete do presidente, no terceiro andar do Planalto, sem cobertura da imprensa.

A oficialização do nome de Rolando de Souza ocorre cinco dias depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a decisão de Bolsonaro de nomear para o comando da PF o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o também delegado Alexandre Ramagem.

Rolando Alexandre de Souza é delegado da Polícia Federal e desde setembro de 2019 ocupava o cargo de secretário de Planejamento e Gestão da Abin, aonde chegou por indicação de Alexandre Ramagem.

Antes, entre 2018 e 2019, Souza foi superintendente da PF em Alagoas. Ele também foi chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência da PF em Rondônia.

Crise
A suspensão da nomeação de Ramagem para a Polícia Federal contrariou Bolsonaro, que na semana passada afirmou que a decisão do ministro Alexandre de Moraes era “política”.

Bolsonaro também chegou a afirmar que iria recorrer, ou seja, tentar reverter a decisão de Moraes, o que acabou não acontecendo.

Ramagem é amigo dos filhos do presidente e foi responsável pela segurança de Bolsonaro da campanha até a posse, quando assumiu a direção-geral da Abin.

Ele foi escolhido por Bolsonaro para substituir na Polícia Federal o delegado Mauricio Valeixo, nome de confiança do ex-ministro Sérgio Moro.

Moro anunciou sua saída do governo depois que Bolsonaro oficializou a exoneração de Valeixo. De acordo com o ex-ministro, a medida foi uma tentativa de Bolsonaro interferir politicamente na PF – o que o presidente nega.

A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública na estrutura do governo Bolsonaro.

Na decisão em que suspendeu a nomeação de Ramagem, Moraes apontou que levou em consideração as acusações de Moro contra Bolsonaro e que o próprio presidente admitiu a intenção de ter no comando da PF alguém a quem poderia consultar a qualquer momento para obter informações sobre processos.

De acordo com o ministro do STF, havia indícios de desvio de finalidade na decisão de Bolsonaro de nomear Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal.

Veja trechos da decisão do ministro Alexandre de Moraes
No domingo (3), Bolsonaro voltou a criticar a decisão de Moraes. A crítica, transmitida em um vídeo publicado em uma rede social, foi feita pelo presidente durante participação em mais um ato a favor do governo e de medidas antidemocráticas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Dessa vez, Bolsonaro afirmou que não admitiria nova “interferência” em seu governo, e que “daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição.” O presidente declarou ainda que “temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade”.

Bolsonaro indicou que faria nesta segunda a nomeação do nome do novo diretor-geral da PF e afirmou: “peço a Deus que não tenhamos problemas nessa semana. Porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição.”

A manifestação do domingo voltou a pedir a intervenção militar e atacou instituições, como Congresso e STF, autoridades como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, além do ex-ministro Sérgio Moro.

Enquanto Bolsonaro conversava com manifestantes, parte do grupo agrediu profissionais de imprensa que acompanhavam o ato. A Polícia Militar precisou montar um cordão de isolamento improvisado para evitar as agressões.

Link original da atualização G1:
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/04/bolsonaro-nomeia-delegado-rolando-de-souza-para-comando-da-policia-federal.ghtml

Atualização Correio Braziliense

Saiba quem é Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da PF

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o nomeou nesta segunda-feira (04)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta segunda-feira (04) como novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza. Antes de ocupar o cargo de secretário de Planejamento na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a convite de Alexandre Ramagem, entre 2018 e 2019, Souza foi superintendente da Polícia Federal em Alagoas. Ele também foi chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos e ocupou cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência da PF em Rondônia.Continua depois da publicidade

Considerado como o número 02 de Ramagem na instituição, em 2007, ele chefiou a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) em Rondônia. Rolando também fez parte da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), além de ser especialista em crimes financeiros.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) divulgou nota sobre a nomeação de Rolando afirmando que ele possui “um nome técnico e preparado para assumir a missão em um momento de muitos desafios”.

A nota diz ainda que “a Federação não se furtará à defesa intransigente dos trabalhos de investigação da Polícia Federal e de todos os policiais federais, buscando sempre a melhoria e independência das investigações criminais em nosso país”.

Depois de retirar Valeixo do cargo no último dia 24, Bolsonaro nomeou Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). No entanto, após o ex-juiz federal dizer que o presidente queria alguém do seu contato pessoal, para quem ele pudesse ligar e colher informações de relatórios de inteligência, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação na última quarta-feira (29/4) falando de princípios de impessoalidade em sua justificativa. Bolsonaro, no entanto, disse que “não engoliu” a decisão, chamando o ato de “político”.

A decisão de nomear Rolando Alexandre de Souza para chefiar a instituição é vista como uma solução para continuar os serviços da agência, enquanto Bolsonaro tenta reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, enxerga-se como uma extensão da influência de Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro.

Link original da atualização do Correio Braziliense:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica/2020/05/04/interna_politica,851163/saiba-quem-e-rolando-alexandre-de-souza-novo-diretor-geral-da-pf.shtml

Atualização O GLOBO

Novo diretor-geral da PF vai trocar superintendente do Rio, foco de interesses de Bolsonaro
Tentativas de interferência na corporação geraram atritos entre presidente e ex-ministro Sergio Moro

BRASÍLIA – Um dos primeiros atos do novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, nomeado para o cargo nesta segunda-feira, foi mudar o comando da Superintendência da PF no Rio, justamente o foco de interesse do presidente Jair Bolsonaro e que gerou atritos entre ele e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Essa mudança ainda não foi oficializada, mas é dada como certa nos bastidores da PF.

Segundo fontes da PF, Rolando convidou o atual superintendente da PF do Rio, Carlos Henrique Oliveira, para ser o diretor-executivo da corporação em Brasília, segundo cargo na hierarquia da Polícia Federal.

Embora seja uma promoção, a mudança foi vista com ressalvas internamente, já que o próprio presidente Bolsonaro afirmou publicamente que tinha interesse em indicar um nome para a PF do Rio. A promoção, segundo essas fontes, seria uma tentativa de minimizar o desgaste provocado pela mudança nessa Superintendência.

Bolsonaro tentou fazer essa indicação no ano passado, mas sofreu resistência interna da PF, então comandada por Maurício Valeixo, nome de confiança de Moro.

Ainda não há definição de quem será o substituto de Carlos Henrique no cargo. O novo diretor-geral está começando a montar sua equipe e convidar integrantes da PF para compor os postos-chave da administração em Brasília. Em geral, as mudanças nas superintendências ocorrem em um segundo momento.

Nos bastidores da PF, o nome do delegado Alexandre Silva Saraiva volta a surgir como cotado para assumir a PF do Rio.

Saraiva era a indicação que Bolsonaro tentou fazer no ano passado, mas a interferência externa provocou resistência e a nomeação não foi concretizada.

As tentativas de interferência política na PF por parte de Bolsonaro foram motivo para o pedido de demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro.

Rolando foi nomeado por Bolsonaro para o cargo nesta segunda-feira, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, barrou a nomeação de Alexandre Ramagem, amigo da família do presidente que era seu favorito para o posto. A indicação de Rolando, então, passou pelo aval de Ramagem.

Link original da matéria do O GLOBO:
https://oglobo.globo.com/brasil/novo-diretor-geral-da-pf-vai-trocar-superintendente-do-rio-foco-de-interesses-de-bolsonaro-24409708

[caption id="attachment_80587" align="alignnone" width="1024"] Bolsonaro assina posse do novo diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza (segundo da direita para a esquerda). — Foto: Isac Nóbrega/PR[/caption]
[caption id="attachment_80588" align="alignnone" width="1024"] Rolando Alexandre de Souza, ex-número dois de Ramagem e agora diretor-geral da PF Foto: Divulgação / PF[/caption]
https://youtu.be/kcSCVJrMjMo https://youtu.be/PB7gSEy9ffY https://youtu.be/D1iMUxdxcCc https://youtu.be/K4Pya1_q4bA https://youtu.be/_DS2Uj0bEVs  
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

    Artigos relacionados

    Deixe um comentário

    Botão Voltar ao topo