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Ataque em Araçatuba:

Criminosos usaram drones para rastrear PMs, diz capitão

Segundo Alexandre Guedes, porta-voz da PM de São Paulo, assaltantes monitoravam viagens aéreas para se anteciparem às ações da polícia

Os criminosos que promoveram ataques a agências bancárias em Araçatuba nesta segunda-feira (30) teriam usado drones para monitorar a movimentação dos policiais e identificar a melhor rota de fuga.

A informação foi dada pelo capitão Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo, em entrevista ao UOL News,

“Eles utilizaram drones para monitorar a presença da PM conforme os reforços iam chegando e a PM ia se movimentando na cidade — com todo cuidado, já que tínhamos reféns e pessoas amarradas e presas aos veículos. Eles monitoravam através das imagens aéreas as ações da PM e, assim, mudavam suas ações e viam a melhor rota de fuga”, afirmou o capitão.

Até o momento, três pessoas foram detidas. A Polícia Militar tem trocado informações com as polícias Civil e Federal para identificar os demais criminosos e prendê-los, disse o porta-voz da corporação.

“É uma quadrilha altamente especializada, com diversos armamentos, artefatos explosivos, ao menos 20 bombas foram colocadas na cidade (…) Esses dispositivos eram ativados por acesso remoto, não se sabe se celular, onda de rádio ou movimento. Isso tudo demonstra a complexidade e o grau de conhecimento desses criminosos”, disse.

O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), se manifestou nas redes sociais sobre o episódio. Segundo ele, a ação criminosa não ficará impune.

“As cenas de terror vivenciadas pela população de Araçatuba não ficarão impunes. Dois criminosos foram presos e um terceiro foi morto em confronto com a polícia. Há uma grande força-tarefa envolvendo 380 policiais e 2 helicópteros Águia para prender e punir os responsáveis”, escreveu Doria no Twitter.

Especialista critica estrutura da segurança pública brasileira

Para o professor de Ciências Criminais da FECAF, Ricardo Martins, o ataque que houve em Araçatuba demonstra uma falha na estrutura da segurança pública do Brasil.

“O serviço de inteligência deveria monitorar e desmantelar estas organizações criminosas, agindo com antecedência e evitando tragédias como essa que ocorreu no interior paulista. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e as polícias deveriam se comunicar mais e trocar informações, objetivando o aumento da segurança”, disse.

Além disso, o especialista também afirmou que cidades menores, como é o caso de Araçatuba, que tem cerca de 200 mil habitantes, são os alvos favoritos destas facções por terem um efetivo menor de policiais em relação às capitais.

 

Link original da matéria:
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Conteúdo Metrópoles

“Fui atingido”: empresário de Araçatuba envia áudio antes de morrer. Ouça

Renato Bortolucci fez vídeo para registrar tiroteio em rua de Araçatuba; minutos depois, acabou baleado e enviou mensagem antes de morrer

São Paulo – Pouco antes de morrer, ao perceber que estava ferido, o empresário Renato Bortolucci, dono de um posto de gasolina em Araçatuba, enviou um áudio por Whatsapp.

 

“Nossa, eu fui atingido. Nossa Senhora! Meu Deus!”, disse ele na mensagem enviada por áudio que, posteriormente, acabou compartilhada entre parentes e amigos.

Não era para Renato Bortolucci estar ali. Ele resolveu ver de perto o que estava acontecendo quando teve início o estrondo causado pela sequência de tiros e explosões promovidos por um grupo de assaltantes na madrugada desta segunda-feira (30).

Minutos antes, o empresário estacionou seu carro, um Hyndai Creta dourado, cerca de um quarteirão antes, na rua Luiz Pereira Barreto, no centro da Araçatuba.

Ele parou o carro e desembarcou para fazer um vídeo – como revelou o jornalista Rodrigo Castro do jornal O Globo. Nas imagens, ele relata o confronto à sua frente em tom de brincadeira.

“Vou ajudar vocês aí. É o Renatinho. Vou trocar uma ideia com vocês aí”, diz Bortolucci enquanto ouve os tiros disparados a alguns quarteirões de onde ele estava.

Falando com a câmera, ele segue em tom de galhofa:

“Não deu muito certo não. O cara não gostou não. Falei que ia trocar uma ideia com ele. Também quero uma fatia, filho.”

Em um segundo momento, Bortolucci foi encontrado morto por um tiro, dentro do próprio carro – que estava parado na mesma rua Luiz Pereira Barreto mas 100 metros à frente do local onde ele gravou o vídeo.

Tudo indica que, após fazer o vídeo, ele decidiu se aproximar um pouco mais. E seguiu com seu carro na direção do confronto.

https://youtu.be/JBb0b77VCqY

A reportagem do Metrópoles confirmou que o carro estava a duas quadras das agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, escolhidas como alvos pela quadrilha.

No meio da tarde, a mãe de Renato Bortolucci, chegou ao posto de gasolina que pertencia ao filho, abraçou os funcionários aos prantos e perguntou a um deles:

“O que me filho foi fazer lá?”

By: Grasielle Castro –  Fabio Ishizawa

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[caption id="attachment_102643" align="alignnone" width="1024"] “Fui atingido”: empresário Renato Bortolucci , de Araçatuba envia áudio antes de morrer.[/caption]
[caption id="attachment_102645" align="alignnone" width="1024"] Reféns foram amarrados ao capô de um carro para servir como escudo na fuga dos bandidos, em Araçatuba.  Reprodução[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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