Notícias : Brasil

compreensível a revolta popular

Ministério Público abre investigação contra Jovem Pan

“O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”

O Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma investigação sobre a conduta do grupo Jovem Pan na cobertura dos atos terroristas de domingo (8/1) em Brasília.

 

Em nota,

a Procuradoria afirma que a empresa “tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional” e cita especificamente a transmissão feita durante a invasão e depredação aos prédios do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.

“O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país”,

disse o MPF-SP em comunicado.

 

A Jovem Pan News

escalou o extremista Paulo Figueiredo para sua cobertura dos atos terroristas.

É o mesmo comentarista que defendeu, recentemente, uma guerra civil no país. Em sua primeira manifestação ao entrar no ar, Figueiredo disse que era “compreensível a revolta popular”, e mesmo criticando a destruição causada pelos bolsonaristas, buscou retratar os agressores como supostas vítimas do sistema.

“A revolta é legítima”,

ele afirmou sobre a barbárie terrorista.

 

Além de Figueiredo,

o MPF-SP cita nominalmente Alexandre Garcia e Fernando Capez em sua ação.

O MPF cita falas proferidas durante a cobertura dos atos para embasar a tese de que a Jovem Pan veiculou falas que

“minimizaram o teor de ruptura institucional dos atos e tentaram justificar as motivações dos criminosos que invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes”.

 

Segundo a procuradoria,

as ilegalidades viriam desde o ano passado.

Para embasar a tese, cita três episódios. Em 14 de novembro, o comentarista Rodrigo Constantino desacreditou o resultado das eleições, atribuindo a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva a um “malabarismo do Supremo”.

 

Em 21 de dezembro

 Zoe Martinez defendeu

“que as Forças Armadas destituíssem os ministros do STF”.

E no dia seguinte, Paulo Figueiredo defendeu

“então que tenha uma guerra civil”.

 

Vale lembrar

ainda que Tiago Pavinato debochou e fez gestos obscenos durante a transmissão de um discurso do ministro Alexandre de Moraes, do STF e do STE, na diplomação de Lula.

 

Nesta segunda (9/1),

o presidente do Grupo Jovem Pan renunciou ao comando da empresa.

O empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, conhecido como Tutinha, será substituído por Roberto Araújo, antes CEO, que agora terá que responder ao MPF-SP.

Apesar de abrir mão do comando da empresa, Tutinha segue sendo o acionista majoritário da Jovem Pan.

By:  Pedro Prado

Link original da materia:
https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/minist%C3%A9rio-p%C3%BAblico-abre-investiga%C3%A7%C3%A3o-contra-jovem-pan/ar-AA169mxi?rc=1&ocid=winp1taskbar&cvid=b75b71ecc5d64ab09c1b38709199acdd

[caption id="attachment_130076" align="alignnone" width="1024"] Vale lembrar ainda que Tiago Pavinato debochou e fez gestos obscenos durante a transmissão de um discurso do ministro Alexandre de Moraes, do STF e do STE, na diplomação de Lula.[/caption]
  • Fonte da informação:
  • Leia na fonte original da informação
  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

    Artigos relacionados

    Botão Voltar ao topo