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ações movidas pelo PDT e pelo PSOL

Moraes derruba ato do governo que dificultava rastreio de armas

Ministro acatou a pedidos do PDT e do PSOL

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (16) a portaria editada pelo Comando Logístico do Exército para revogar o chamado Sistema Nacional de Rastreamento de Produtos Controlados. Na prática, a medida descartou regras anteriores que permitiam um controle mais rígido sobre a circulação de armas e munições.

A decisão liminar foi tomada em ações movidas pelo PDT e pelo PSOL e ainda vai passar pelo crivo do plenário, que precisa decidir se mantém ou derruba a suspensão.

O julgamento no plenário virtual está previsto para começar na sexta-feira (17).

Moraes disse que não existe ‘motivação válida’ para o governo federal se ‘recusar a adotar critérios e procedimentos necessários’ para o controle de armas e dos seus insumos.

– O imotivado veto à implementação de medidas de marcação e rastreamento de PCEs, em prejuízo ao controle e repressão do comércio ilegal de armas e munições, caracteriza o desvio de finalidade do ato que revogou integralmente as Portarias 46, 60 e 61 do Comando Logístico do Exército Brasileiro, em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público – escreveu.

O entendimento do ministro vai contra o posicionamento do Ministério Público Federal. O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o arquivamento dos processos por considerar que eles ‘perderam o objeto’ com a edição de novas portarias para regulamentar o tema, publicadas no Diário Oficial da União. Elas disciplinam a identificação e marcação de armas de fogo e o monitoramento das ocorrências envolvendo produtos controlados.

Na avaliação do procurador-geral, as novas portarias ‘descaracterizam o alegado quadro de incertezas e controvérsias’ apontado pelos partidos.

– Verificada a superveniência de atos normativos que promovem a alteração substancial do complexo normativo atinente à fiscalização e ao rastreamento de produtos controlados pelo Exército impugnado na petição inicial, de modo a colmatar o suposto vácuo normativo apontado pelo requerente como violador de preceitos fundamentais, verifica-se a perda superveniente do objeto da arguição – defendeu o PGR.

Em manifestação enviada na noite desta quinta ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, a Advocacia-Geral da União (AGU) também defendeu que as novas portarias editadas ‘esvaziam o interesse jurídico’ no prosseguimento das ações.

“– Considerando a substancial alteração do complexo normativo pertinente às controvérsias em exame, as arguições de descumprimento de preceito fundamental devem ser extintas sem resolução do mérito – disse o advogado-geral da União Bruno Bianco.”

Link original da matéria:
https://agoranoticiasbrasil.com.br/bolsonaro-mantem-mendonca-para-o-stf-e-ele-ate-o-final/

[caption id="attachment_103513" align="alignnone" width="1024"] Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Alexandre de Moraes, do STF Foto: PR/Marcos Corrêa[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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