'Posição firme deve ser tomada'
‘Nunca vi exército de outro país jogar bomba de gás no Brasil’
Diz coronel brasileiro sobre confronto na fronteira
Militares da Venezuela também dispararam contra o território brasileiro. Coronel do Exército disse que ‘posição firme deve ser tomada’ pelas autoridades do Brasil.
O coronel do Exército brasileiro José Jacaúna chamou de “lamentável” o confronto na fronteira entre Brasil e Venezuela no fim da tarde deste sábado (23).
“Eu nunca tinha visto nenhum exército de outro país jogar bomba de gás lacrimogêneo no Brasil”, afirmou o militar.
Jacaúna relatou que os soldados da Guarda Nacional Bolivariana também dispararam tiros com armas de fogo em direção ao território brasileiro, em Pacaraima (Roraima)
“Eles [os militares da Venezuela] realmente extrapolaram na reação em cima dos venezuelanos que estão aqui no nosso território”, disse o coronel Jacaúna.
Perguntado se o tumulto na fronteira em Pacaraima pode ser considerado ataque à soberania brasileira, o coronel respondeu: “Quem vai dizer isso é o campo político. Acho que a via diplomática deve atuar fortemente contra os responsáveis por essa ação”.
“Não sou eu quem vai dar ordem para o Itamaraty, mas, da nossa parte, acho que uma posição firme deve ser tomada”, completou Jacaúna.
Coquetéis molotov, pedras e tiros
Venezuelanos em Pacaraima e soldados da Guarda Nacional Bolivariana entraram em confronto no fim da tarde deste sábado. Os civis, do lado brasileiro, jogaram coquetéis molotov e pedras contra a base militar da Venezuela.
Em resposta, os militares venezuelanos revidaram com bombas de gás lacrimogêneo, pedras, e tiros – de bala de borracha e armas de fogo, conforme o coronel Jacaúna.
Até o início da noite, havia informação de apenas um ferido, um civil venezuelano que passou mal e recebeu atendimento no posto militar brasileiro.
Pacaraima, fronteira do Brasil com a Venezuela
Pacaraima é a cidade brasileira onde o governo do Brasil e a oposição ao chavismo liderada pelo autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, estabeleceram ponto de coleta para ajuda humanitária. Os carregamentos de comida, remédios e itens de higiene deveriam chegar neste sábado, mas o regime de Nicolás Maduro fechou as fronteiras com o Brasil. Houve protestos ao longo do dia.
A outra cidade é Cúcuta, na Colômbia, onde Maduro bloqueou a ponte ligando os dois territórios para impedir a passagem dos caminhões. Grande parte da ajuda humanitária continua retida no local, que também registrou confronto neste sábado.
Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países – incluindo o Brasil – discursou neste sábado em Cúcuta. Com ele, estavam os presidentes da Colômbia, Chile e Paraguai, além do ministro de Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo. Eles exigiram a chegada pacífica da carga ao território venezuelano.
¡Atención Venezuela!
En 30 minutos haremos un pronunciamiento junto al Secretario General de la OEA, @Almagro_OEA2015, y el Presidente de Colombia, @IvanDuque.
Les pido a todos estar atentos.
— Juan Guaidó (@jguaido) February 24, 2019
Do lado venezuelano da fronteira, houve confrontos que deixaram ao menos três mortos neste sábado, informou uma médica ao G1. Todos eles na cidade Santa Elena de Uairén, a 15 km do Brasil.
O Portal 7Minutos a partir de agora tem dois colaboradores na região de conflito , Uziel Neto e Marilu Novo no qual nos enviaram a realidade da região pouco explorado pela mídia oficial.
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Polícia brasileira orienta manifestantes a retornarem para o lado brasieiro em conflito na fronteira com a Venezuela — Foto: Alan Chaves/G1 RR[/caption]
Fronteira entre Brasil e Venezuela — Foto: Rodrigo Sanches/G1[/caption]
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Protesto de venezuelanos na fronteira com o Brasil — Foto: Alan Chaves/G1[/caption]
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