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Na Mira

Pai ligou para a PCDF após filho confessar ter matado Giovanna Peters

Às 2h, Leandro de Araújo Marques, 22, contou ao pai que teria degolado a namorada após uma discussão

Após negar ter envolvimento com o desaparecimento da jovem Giovanna Laura Santos Peters, 20 anos, Leandro de Araújo Marques, 22, contou ao pai que matou a jovem, dentro de casa, em Ceilândia.

A confissão aconteceu após os dois chegarem da 23ª Delegacia (Ceilândia Sul), onde, na companhia de um advogado, Leandro prestou
esclarecimentos aos investigadores.

Não convencidos, os policiais aconselharam
ao pai de Leandro que conversasse em particular com o filho, pois as informações
dadas por ele estavam desencontradas.

Jovem de 20 anos foi degolada e teve corpo ocultado pelo namorado

A confissão de Leandro ao pai aconteceu às 2h desta sexta-feira (3/12).

Assim que ouviu do filho que teria matado a namorada, Paulo Cláudio Marques ligou para
a delegacia e entregou o rapaz, que se comprometeu a indicar o local exato onde
teria desovado o corpo de Giovanna.

O cadáver da jovem estava coberto por pedras, em uma estrada de chão próxima à
antiga Academia da Polícia Civil, em Taguatinga.

Ela estava desaparecida desde
segunda-feira (29/11), quando foi para a casa do namorado, em Ceilândia Sul. A
coluna apurou que o jovem degolou a namorada dentro de casa após os dois terem
uma briga.

A família de Giovanna registrou boletim de ocorrência, informando do
desaparecimento da menina.

Ela teria saído de casa na tarde do domingo (28/11) e
dito que dormiria na casa do namorado. Porém, no dia seguinte, Leandro disse que
Giovanna teria pego um transporte de aplicativo e ido embora. Segundo ele, o
carro era um Ônix prata.

A partir desse momento, Giovanna ficou incomunicável. As ligações da família
caíam direto na caixa postal e as mensagens de texto sequer eram entregues,
sinalizando que o aparelho celular dela estaria desligado.

A mãe da moça, Erika
Neves Arruda dos Santos, 42 anos, ainda pediu auxílio de Leandro para localizar
a filha. Ela acreditava que o jovem poderia ajudar a polícia com mais
informações.

Na delegacia, Erika ligou para Leandro, pedindo que ele comparecesse à unidade
policial, afim de ajudar nas investigações. Porém, ele teria dito que não
conseguiria comparecer ao local, pois estaria trabalhando em uma chácara.

Diante disso, os policiais foram até o local onde o suspeito trabalhava e
colheram o depoimento. Inicialmente, ele disse tê-la visto pela última vez
somente na segunda-feira pela manhã.

À PCDF, Leandro detalhou que, no fim de semana, passou a noite sozinho com
Giovanna. Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar pontos
divergentes na versão do rapaz, uma vez que nenhum motorista por aplicativo
teria sido acionado ao endereço, conforme ele havia informado.

Os policiais, então, voltaram à residência do suspeito com o objetivo de
localizar o celular da jovem. No local, os investigadores perceberam manchas de
sangue em uma cadeira da sala. No imóvel, também tinha uma camiseta branca com
manchas, aparentemente, de sangue em um cesto de roupas que estava no banheiro.

Na lavanderia, as equipes encontraram um facão com manchas escuras. Os indícios
fizeram com que os policiais acionassem a perícia para o local. Os peritos
chegaram ao local de madrugada e confirmaram as manchas de sangue na cadeira e
no chão da sala.

Também havia vestígios na porta de um dos quartos. Os investigadores descobriram
ainda que, na noite do último domingo (28/11), Leandro teria circulado por
Ceilândia, fato também omitido pelo autor.

Confissão
Após indicar o local onde teria escondido o corpo de Giovanna, Leandro recebeu
voz de prisão e não reagiu. Ele relatou que havia terminado o relacionamento com
a vítima e que retornaram posteriormente. Porém, tomou conhecimento de que ela
havia se relacionado com outras pessoas, motivo pelo qual teriam iniciado uma
discussão.

Segundo o acusado, a vítima o xingou e o agrediu fisicamente, oportunidade em
que ele a segurou por trás e cortou o pescoço com uma faca. Depois, ele pediu o
carro de um amigo emprestado e o usou para levar o corpo até a mata. Questionado
informalmente sobre o celular da vítima e a faca utilizada no crime, o jovem
disse que havia jogado fora.

O caso é investigado como feminicídio e, se condenado, Leandro pode pegar até 30
anos de prisão.

By: Mirelle Pinheiro Carlos Carone

Link original da matéria:
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[caption id="attachment_106686" align="alignnone" width="1024"] Giovanna Laura Santos tinha 30 anos Reprodução[/caption]
[caption id="attachment_106687" align="alignnone" width="1024"] Jovem de 20 anos foi degolada e teve corpo ocultado pelo namorado Leandro de Araújo Marques, 22 [/caption] [caption id="attachment_106688" align="alignnone" width="1024"] Giovanna Laura Santos tinha 30 anos Reprodução[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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