SOB ENCOMENDA
Palocci ofereceu R$ 300 mil a hackers da Vaza Jato e encomendou “inocência” de Lula
O valor foi oferecido aos hackers da Vaza Jato para expor conversas de Moro e Dallagnol com objetivo de reverter as condenações de Lula em três instâncias.

Oswaldo Eustáquio, Reportagem Especial
O ex-tesoureiro do PT, Antônio Palloci Filho comprou a “inocência”do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em três instâncias da justiça brasileira em condenações que foram anuladas, graças a trama da esquerda que tinha o objetivo dar um verniz de legalidade para que os processos de Lula voltassem a primeira instância para que ele possa participar das eleições de 2022.
A trama iniciou quando o hacker da Vaza Jato ofereceu as mensagens dos procuradores e do juíz Sérgio Moro para a líder do partido comunista do Brasil (PC do B), Manuela D’ávilla, que entrou em contato com o principal advogado do PT, José Eduardo Cardozo, para avisar sobre a existência do material roubado pelos hackers.
Neste período Lula estava preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Menos de uma semana depois do contato do hacker Walter Delgati Neto sobre as mensagens, o jornalista americano Glenn Greenwald, que também foi avisado por Manuela D’ávilla sobre o material criminoso, forjou uma entrevista com Lula para avisar do material, que com uma narrativa, poderia tirar o ex-presidente da cadeia e anular suas sentenças, um plano quase perfeito, não fosse está denúncia.
https://youtu.be/0Ioi1I94MLg
Após a entrevista de Greewald com Lula, a cúpula do PT, autorizou o ex-tesoureiro do partido , Antônio Palloci Filho a negociar com os hackers a encomenda de novos ataques virtuais contra promotores e juízes com o objetivo de construir uma narrativa para pavimentar o caminho para liberdade de Lula, anulação de seus processos e “elegibilidade”.
O elo entre Palocci e os hackers da Vaza Jato teria sido, de acordo com as investigações, Luanna Tayná Costa, de Ribeirão Preto, amiga do ex-tesoureiro do PT. Inicialmente os investigadores acreditavam que Luana seria sobrinha de Palocci, mas descobriram que ela não tem ligação familiar com ele, são apenas amigos próximos. Teria sido ela, a responsável por oferecer negócios entre a cúpula do PT e o hacker Walter Delgatti Neto.
Os hackers queriam que o valor fosse majorado para R$ 2 milhões, no entanto não conseguiram chegar a negociação deste valor, mas Palocci prometeu, por meio de sua interlocutora, que o Partido dos Trabalhadores, investiria em uma futura campanha de Delgatti a deputado federal pelo estado de São Paulo em 2022.
O enredo desta história está na colaboração premiada realizada pelo membro da quadrilha, Luiz Henrique Molição, um jovem de origem oriental, que chegou a ficar deprimido na cadeia. Molição sentiu-se coagido por Delgatti que ameaçava contar para familiares do jovem sobre sua homossexualidade, fato que Molição escondia da família até ter realizado a colaboração premiada. Foi ele quem disse à PF que o braço financeiro do esquema seria o ex-tesoureiro do PT, Antônio Palloci Filho. Luana confirmou as autoridades a versão de Molição.
A Polícia Federal, poderia ter apresentado a versão dos fatos à sociedade, mas tentou forçar uma delação premiada de Thiago Eliezer, conhecido como chiclete para que ele confirmasse essa versão, fato que não aconteceu.
De fato, o jornalista Oswaldo Eustáquio, que assina está reportagem, quando ficou preso com o hacker da Vaza Jato na Superintendência da Polícia Federal, presenciou cenas em que a PF levava uma “delação pronta”, apenas para que ele assinasse, o que não ocorreu.
O jornalista que assina está reportagem, também ouviu na cadeia, que de fato, Palocci, conhecido como italiano na planilha da Odebrechet, seria um dos mandantes do crime, oferecendo dinheiro, mas com a chancela e autorização do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que soube do fato por Cardozo.
Na entrevista forjado por Greenwald com Lula na cadeia, em um trecho em que o ex-presidente reclama dos procuradores da Lava Jato, o jornalista americano comete um ato falho e diz que isso “já está sendo resolvido”. Na séria “Na trilha dos hackers da Vaza Jato”, nosso núcleo de jornalismo investigativo já havia revelado essa trama.
Diante destes fatos, o jornalista Glenn Greenwald assina uma reportagem na Revista Carta Capital, denunciando “abusos de autoridade da PF”, que de fato aconteceram, mas não tornam a história menos verdadeira. Pois os policiais federais, ligados a Sérgio Moro, queriam encontrar um meio termo para contar a história, mas desmoralizando a ação dos hackers para proteger o ex-juíz.
Diante desses fatos expostos por meio do nosso núcleo de jornalismo investigativo, os fatos ficam claros: Lula, Cardozo e Palloci foram os mandantes dos crimes de ataques cibernéticos e pelo roubo das mensagens das autoridades, o que deveria fazer valer novamente as condenações de Lula.
Na manhã desta quinta-feira (2), o jornalista Gleen Greenwald tentou desconstruir a versão da PF em reportagem na Revista Carta Capital. As artes do documento do MP E da ficha de Luanna foram publicados na Revista.
Por Oswaldo Eustáquio
Link original da matéria:
https://www.diariopopulardesp.com.br/editorias/politica/palocci-ofereceu-r-300-mil-a-hackers-da-vaza-jato-e-encomendou/6331/
Com a palavra Antonio Palocci, falando do seu chefe. o ex-presidiário! pic.twitter.com/OZA5V3uC2e
— BolsoMito380 (@BolsoMito380) September 2, 2021
