era liderada por Saifullah Al Mamun
Polícia Federal faz operação contra contrabando de migrantes
Foram emitidos 11 pedidos de prisão de integrantes da organização criminosa, que movimentou R$ 40 mi em 5 anos; operação tem colaboração de agência dos EUA
A Polícia Federal realiza desde a manhã desta quinta-feira, 31, uma operação para prender uma quadrilha especializada em contrabando de migrantes.
Ao todo, estão sendo presos 11 integrantes da organização criminosa, que movimentou 40 milhões de reais nos últimos 5 anos, enviando clandestinos para o exterior, principalmente para os Estados Unidos.
Os investigados responderão pelos crimes de contrabando de migrantes, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A operação é conduzida pelo delegado federal Milton Fornazari Junior, de São Paulo.
O pedido de prisão foi enviado à 10ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em São Paulo. Os nomes que estão no pedido de prisão são: Erik Bryan Martins da Costa, Henrique Gonçalves Liotti, Jawad Ahmad, MD Bulbul Hossain, Mohammad Nizam Uddin, Mahammed Arif, Muhammad Irfan Chaudhary, Nazrul Islam, Saiful Islam, Saifullah Al Mamun e Tamoor Khalid.
O inquérito foi instaurado a partir de uma cooperação internacional da PF com a agência americana de imigração, a U.S. Immigration and Customs Enforcement.
A organização criminosa tem sede em São Paulo, no Brás, e era liderada por Saifullah Al Mamun, que nasceu em Bangladesh, mas estava refugiado no Brasil.
De acordo com depoimentos de testemunhas ouvidas nos Estados Unidos, o esquema funcionava assim: os migrantes chegavam ao Brasil pelo Aeroporto de Guarulhos, vindos principalmente do Afeganistão, Bangladesh, Índia e Paquistão com passaportes e vistos falsos.
Do Brasil, eles eram levados pelos contrabandistas para os Estados Unidos, por via terrestre, numa rota que passava pelo Acre e cruzava pelo menos nove países, incluído Peru, Colômbia e México.
Agentes da Polícia Federal; policiais fazem operação nesta quinta-feira, 31, para prender quadrilha especializada em contrabando de migrantes (Arquivo/Agência Brasil)[/caption]



