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Exemplo a ser seguido

Rede D’Or, parceiros doam 235 milhões para apoiar SUS contra COVID-19

Projetos da iniciativa privada criam 1.127 leitos, 400 deles em hospitais de campanha no Rio

Em janeiro de 2020, ainda se falava pouco das consequências do novo coronavírus no Brasil, as atenções estavam voltadas à China.

No entanto, na Rede D’Or São Luiz, maior empresa de hospitais privados do país, o assunto já era prioridade máxima. A equipe iniciava a mobilização de esforços para preparar suas 50 unidades hospitalares bem como seus funcionários no combate ao vírus.

Da mesma forma, traçava planos de responsabilidade social, que resultariam em forte apoio ao SUS nos meses seguintes, proporcionando doações que chegam a R$ 235 milhões até o momento.

Em cada um de seus hospitais tradicionais, para fazer frente à pandemia, fluxos de atendimento e processos administrativos foram reorganizados. Da mesma forma, organizou-se a compra de equipamentos de proteção individual, medicamentos e diferentes insumos necessários.

O complexo planejamento também acendeu um alerta: a COVID-19 teria forte impacto no sistema público, que costumeiramente enfrenta escassez de recursos.

“Decidimos que não seria suficiente trabalhar só para dentro. Buscamos autoridades nos estados e o Ministério da Saúde para fazer nossa parte. Criamos um projeto que oferece mais de 1127 leitos novos para atendimento aos pacientes do SUS e de forma gratuita em todo o Brasil. Mas avaliamos que o Rio de Janeiro precisaria de uma ação robusta”,

explica Leandro Reis Tavares, vice-presidente da Rede D’Or São Luiz.

A maior parte desses 1127 leitos, que permanecerão como legado, foram instalados em instituições filantrópicas ou hospitais públicos em estados onde a rede tem unidades. Exemplos disso são a Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, e as instituições Hospital da Providência de Deus e Hospital Universitário do Fundão, no Rio de Janeiro.

A Rede D’Or São Luiz liderou no Rio a construção de dois hospitais de campanha privados, totalizando 400 leitos: 200 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 200 dedicados à enfermaria.

O primeiro deles, o Lagoa-Barra, na Zona Sul, foi inaugurado em abril, quando a fila de espera no estado chegava a 1200 pessoas.

“Levamos uma semana para entregar o desenho do hospital, com o escopo e as características definidas. A equipe responsável pelas obras seguiu as orientações e entregou a unidade em 20 dias”,

conta o Dr. Werner Scheinpflug, diretor do Lagoa-Barra. Em seu primeiro mês, os 1.000 funcionários da unidade receberam 417 pacientes. A grande maioria, 357, internados em UTIs.

A curva ascendente de casos fez a rede perceber que seria preciso mais uma unidade, desta vez na Zona Oeste, mais especificamente no limite da Barra Tijuca com o Recreio. Entre 3 de abril e 10 de maio, o espaço foi reconhecido, as obras se iniciaram, assim como a montagem da infraestrutura e a contratação dos 1.000 colaboradores.

No dia 11 de maio, o Hospital de Campanha Parque dos Atletas abriu as portas, com 100 leitos de UTI e 100 voltados à enfermaria, mesma configuração do Lagoa-Barra.

“São muitos anos de atuação, com as mais diversas experiências em administração hospitalar. Só com esse background corporativo, de quem faz a gestão de 50 hospitais, foi possível organizar a logística e a compra de equipamentos de proteção, respiradores, tomógrafos e itens de laboratório. Tudo isso em um momento no qual o planeta todo estava atrás dos mesmos insumos e o déficit no mercado crescia”, pondera a Dra. Martha Savedra, diretora da unidade Parque dos Atletas.

Pela agilidade, as frentes atuaram em paralelo. Enquanto as lonas eram montadas, gestores formavam equipes multidisciplinares. Entre os 1.000 profissionais de cada unidade, muitos já trabalhavam em outros hospitais da rede, o que resultou na eficácia do atendimento.

“As principais lideranças das equipes já conheciam os processos. Muitas eram de hospitais do Rio, outras de São Paulo. Reaplicamos o modelo Rede D’Or, que tem sido muito bem-sucedido. Ter um fluxo testado e experimentado permitiu que o trabalho fluísse”, explica Werner Scheinpflug.

Além do remanejamento da equipe, foi preciso captar profissionais no mercado. O grupo foi selecionado e capacitado em um modelo de educação contínua. No hospital Lagoa-Barra, por exemplo, oito enfermeiros ficam a postos, treinando quem chega.

O engajamento dos colaboradores faz diferença. Werner lembra que muitos pediram para atuar. O próprio diretor é um exemplo de superação de quem está na linha de frente. O médico teve COVID-19 no início da pandemia, mas fez questão de voltar ao trabalho quando se recuperou.

“Eu e outros diretores nos contaminamos, mas de maneira leve. Todos voltamos ao trabalho. A missão é muito nobre, as pessoas ficam motivadas, todos querem ajudar”, lembra Werner.

Liderando tanto a montagem quanto a gestão dos dois hospitais de campanha, a rede contou com parceiros da iniciativa privada.

No Lagoa-Barra, a Rede D’Or São Luiz investiu R$ 40 milhões. Bradesco Seguros, Lojas Americanas, Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Banco Safra contribuíram com mais R$ 5 milhões cada.

Já no Parque dos Atletas, os R$ 62 milhões gastos até o momento foram divididos entre a rede e seus parceiros Movimento União Rio, Stone Pagamentos, Mubadala, Qualicorp, SulAmérica Seguros, Vale, Banco BV, Shell e QuiCard.

PLANEJAMENTO – Ações da Rede D’Or no enfrentamento da crise começaram antes da detecção do primeiro infectado no país

22/01/2020: Rede D’Or São Luiz mobiliza equipe e traça planos de enfrentamento dos efeitos do coronavírus em seus 50 hospitais, além de apoio ao SUS;

  • 25/02/2020: Brasil tem seu primeiro caso identificado, um homem de 61 anos, em São Paulo;
  • 09/04/2020: chegam ao Amapá 6 ventiladores mecânicos doados pela Rede D’Or. 219 unidades do equipamento foram oferecidas ao SUS na pandemia ;
  • 22/04/2020: ao lado de parceiros, Rede D’Or viabiliza leitos para pacientes COVID-19 na Santa Casa de Misericórdia (SP) 1.127 leitos para pacientes SUS foram garantidos até o momento;
  • 25/04/2020: Hospital de Campanha Lagoa-Barra é aberto no Rio pela Rede D’Or, depois de apenas 20 dias de obra;
  • 11/05/2020: Rede D’Or abre portas do segundo hospital de campanha privado, o Parque dos Atletas;
  • 14/06/2020: no ano do combate ao COVID-19, a Rede D’Or é apontada pela Forbes como uma das cinco empresas mais doadoras do Brasil;
  • 20/06/2020: vacina de Oxford contra COVID-19 começa ser testada no Brasil. Rede D’Or investe R$ 5 milhões na iniciativa, que no Rio é liderada pelo seu centro de pesquisas, o IDOR;

Link original da matéria:
https://apontando.com.br/rede-d-or-e-parceiros-doam-r-235-milhoes-para-apoiar-sus-contra-covid-19-719.html

[caption id="attachment_84445" align="alignnone" width="1024"] Rede D’Or e parceiros doam R$ 235 milhões para apoiar SUS contra COVID-19
.Foto: Marco Sobral para G.LAB[/caption]
[caption id="attachment_84446" align="alignnone" width="1024"] Ações garantiram equipamentos para hospitais de campanha e outros leitos SUS — Foto: Marco Sobral para G.LAB[/caption] [caption id="attachment_84447" align="alignnone" width="1024"] 2 mil funcionarios atuam no Lagoa Barra e no Parque dos Atletas. Foto: Marco Sobral para G.Lab[/caption] [caption id="attachment_84448" align="alignnone" width="1024"] Rede D'or São Luiz. Arte G.Lab[/caption]
https://youtu.be/kDKosiEI5Ls https://youtu.be/P-s0nwiUKxU
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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