Para advogados.
Vídeo pornográfico divulgado por Bolsonaro foi “artístico”
Em artigo publicado em portal jurídico, advogados de defesa dos dois rapazes afirmam que ato foi "expressão cultural"
São Paulo – Um vídeo que mostrava um homem dançando sobre um ponto de táxi após introduzir o dedo no próprio ânus e, em seguida, outro rapaz urinando na cabeça do que dançava causou polêmica neste Carnaval e foi até mesmo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro em seu perfil no Twitter na última quarta-feira (6) — ganhando repercussão internacional.
“Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades”,
escreveu o presidente que, logo em seguida, tuítou: “o que é Golden Shower?”.
Além dos memes de cachorros da raça Golden Retriever tomando banho, o tuíte de Bolsonaro ganhou, também repercussão internacional.
Em um artigo publicado nesta sexta-feira (8), no portal jurídico Justificando, os advogados Cynthia Almeida Rosa e Flavio Grossi, representantes da dupla do “golden shower“, afirmam que
“o Sr. Presidente da República precisa frequentar mais exposições de arte ou ter algumas aulas com Gormley” e que “não ficou claro para ele qual é a função da arte”.
No artigo, os defensores afirmam que a situação gravada no vídeo é, sim, arte e que
“ela não está reservada aos museus, ou às manifestações artísticas clássicas, palatáveis ou com maior aceitação social”
e defendem que a performance está amparada por um
“direito fundamental de liberdade de manifestação cultural e artística”.