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Como se proteger e garantir saúde

Buscas por “onda de calor” batem recorde em fevereiro de 2025, mostra estudo

Evento climático resulta em temperatura extrema e aumenta riscos para a saúde

Acostumados com o verão quente e úmido, os brasileiros foram surpreendidos em 2025 com as ondas de calor.
Os eventos climáticos fizeram os níveis de temperatura superar o que era esperado e causaram situações de extremo desconforto e perigo no país todo.
Pela anormalidade das temperaturas, as buscas pelo termo “onda de calor” dispararam no país no mês de fevereiro.
Segundo dados da agência Conversion, as pesquisas somaram 1,150 milhão de buscas – maior número da história.
O evento preocupa a população por ser cada vez mais comum e atingir áreas que, até então, não registravam com frequência temperaturas tão altas.
São Paulo, por exemplo, teve em 2025 o primeiro alerta severo para uma onda de calor.
O que são as ondas de calor
Tecnicamente, o conceito se refere a um fenômeno climático caracterizado por temperaturas extremamente altas que superam os níveis comuns de uma região ou época do ano.
A Organização Mundial Meteorológica (WMO) considera que uma onda de calor é registrada quando a temperatura fica de 5ºC a 7ºC acima da média por pelo menos cinco dias seguidos.
O calor intenso é ainda mais perigoso em grandes cidades.
A concentração de prédios, asfalto e automóveis retém o calor e cria o efeito de “ilha de calor”, em que a temperatura é ainda mais alta.
Mudanças no clima
O fenômeno é cada vez mais comum, devido às mudanças climáticas causadas pela ação humana.
Um estudo sobre o clima no Brasil mostra que a quantidade de dias com ondas de calor aumentou 8 vezes em 60 anos.
Em 2023, foram 9 registros, e em 2024, 8.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para fundamentar a atualização do Plano Clima – Adaptação.
Já em 2025, em apenas dois meses, foram registradas 3 ondas de calor, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Impactos na saúde
Um estudo que calculou as mortes relacionadas ao calor intenso, entre 2000 e 2018, em 14 regiões metropolitanas do país – que abarcam 35% da população brasileira –, mostra que mais de 7 milhões de mortes estão associadas às temperaturas extremas.
Além disso, a pesquisa
Twenty-first-century demographic and social inequalities of heat-related deaths in Brazilian urban areas
(Desigualdades demográficas e sociais das mortes relacionadas ao calor no século XXI em áreas urbanas brasileiras, em português)
Também mostra que o número de óbitos é 20 vezes maior do que a quantidade de mortes causadas por deslizamentos de terra.
O calor piora os efeitos de doenças cardiovasculares, pulmonares, renais e outras, afetando principalmente os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, obesos e gestantes.
Como lidar com os efeitos do calor
Para manter a saúde e o bem-estar durante as ondas de calor, é importante, fundamentalmente, se manter hidratado para compensar a perda de líquidos por meio do suor.
Além disso, é possível amenizar o desconforto com a utilização de umidificador de ar, ar-condicionado, climatizador e até piscina.
Também é importante se manter protegido do sol.
A exposição aos raios solares durante períodos de calor intenso aumenta o risco de desenvolver câncer de pele, tipo mais comum da doença no Brasil.
Usar protetor solar, chapéus, blusas térmicas, óculos de sol e evitar a exposição ao ar livre das 9h30 às 16h30 são maneiras de se proteger e garantir mais saúde neste período de condições meteorológicas extremas.
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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