Conteúdo André Quintão
Quando se fala em Inteligência Artificial, qual é a imagem que vem a sua mente?
Se estiver lembrado do clássico dos cinemas, com o “Eu Robo”, ou talvez “Exterminador do futuro”,venho a te informar, que estamos longe disso, ou se pensarmos bem… não estamos tão longe assim…

No conceito académico, e segundo o dicionário, Inteligência é a capacidade de “entender, pensar, raciocinar e interpretar um conjunto de funções de forma mental para o entendimento de coisas e/ou fatos”.
E Artificial é algo produzido pelo homem e não por causas naturais.
Durante muito tempo, em décadas passadas, a Inteligência Artificial, ou IA, como vamos chamar daqui para frente, era somente um produto da ficção científica, que estava limitada a literatura e aos cinemas.
Exemplos como Eu, Robô – de Isaac Asimovde 1950 e 2001, Uma Odisseia no Espaço – de Arthur Clarkede 1968 retratam bem estes exemplos.
O pensamento critico desta época era que tais situações, jamais se tornariam realidade.
Pois o pensamento predominante eram que máquinas, nunca poderiamdesenvolver características como inteligência, senso analítico, critica, criatividade e resolver questões complexas de forma independente.
E ainda com a capacidade de resolver situações imprevistas com rapidez, êxito e adaptabilidade, absorvendo o conhecimento adquiridoe utilizando em suas futuras experiências de forma independente. Estas questões eram impensáveis, pois não existem capacidade de processamento neste nível a época. Hoje percebemos que estávamos redondamente enganados.
Ainda no seculo passado,
o britânico Alan Turing conduziu experimentos que revolucionariam o mundo. Por volta de 1940, Turing desenvolveu uma máquina que foi capaz de quebrar os códigos secretos no exercito nazista na segunda grande guerra o que ocasionou um virada de mesa no conflito.
Dez anos depois, ele apresentouao mundo o Teste de Turing, também conhecido como o Jogo da Imitação, para verificar se o computador é capaz de imitar o pensamento humano.Inclusive criou a Máquina de Turing, que era um dispositivo, capaz de armazenar informações em uma fita.
Por estes e outros feitos,
ele é considerado o pai da computação. E são a base de tudo que vemos hoje na IA,a partirdai computadores e IAs, começaram a caminhar de mãos dadas rumo a suas evoluções.Então, nada nas Inteligências Artificiais é novo, estamos somente colhendo frutos dos resultados obtidos nos últimos 80 anos.
Recomendo
além da leitura dos dois livros comentados acima, que também assista o filme o jogo da imitação de 2014.
Bom, mas antes de avançarmos nos conceitosmais profundos de Inteligência Artificial, vamos fazer uma distinção importante sobre o hardware e software, isso irá facilitar nossa didática sobre o que vamos falar a frente.
A InteligênciaArtificial,
está vincula ao software, e não ao hardware. Vamos nos utilizar do conceito de carros autônomos, que já estamos mais acostumados com esta definição.
A IA, é a parte de software, a parte lógica, que se “manifesta” através do hardware, que é a parte física, o que vemos e que conseguimos tocar, ou seja, o software que esta embargado no veiculo, que faz os diversos componentes e mecanismos do carro, ohardware funcionar.
O software desempenha,
ecomanda funções no hardware similares ao comportamento humano.
Sendo que este software tem deperceber as variáveis envolvidas, tomar decisões e resolver problemas simultaneamente. Em síntese, o software precisa operar de forma autónoma,em uma lógica que remete ao raciocíniohumano e está tecnologia se dá o nome de InteligênciaArtificial ou IA.
Nestes casos,
estas atividades estão sendo executadas, como tarefas intelectuais, mas isso não quer dizer, que estes softwares possuemintelecto. Vamos deixar isso já claro.
O conceito de Inteligência, nas máquinas, é muito distinto do conceito da inteligência humana, mas a diferença tem se reduzido drasticamente.
Um livro que li recentemente foi “A era da Inteligência Artificial”
e uma frase que me chamou muito a atenção foi, a IA não precisa ser perfeita, “só precisa ser melhor na execução das atividades que os humanos”.
Hoje com o advento de poder computacional da atualidade, redes de altas velocidades, algoritmos de machinelearning, estamos rompendo as barreiras na computação e no aprendizado de máquinas em um velocidade nunca imaginada.
Em 1997
o campeão mundial de Xadrez, GarryKasparov, foi vencido pelo DeepBlue, IA produzida pela IBM, mas hoje, o DeepBlue já se tornou obsoleto. Temos IA sendo aperfeiçoadas para jogaremconsigo mesmo, onde aprendem novas estratégias de xadrez, que jamais foram pensadas pelos humanos.
Outros exemplos de IA,
que conseguem produzir textos com bases em pesquisas feitas na internet, que já não é possível identificar se foram produzidas por humanos ou não, que deixariam Tuning de cabelos em pé.
Ou mesmo as descobertas de novos antibióticos que somente foram possíveis graças a IA utilizada. Pois o nível de analise de dados e suas variáveise a complexidade envolvida era impossível para os humanos.
As IA hoje são desenvolvidas para desempenhar funções sem a interferência humana. Os algoritmos desenvolvidos são extremamente complexos e obedecem um logica para resolver todas as questões de forma autónoma.
Para facilitar o entendimento,
gosto de utilizar o exemplo da receita de um bolo.
Imagine que você precisa fazer um bolo.
Já possui todos os ingredientes, que são os “inputs”. Mas precisa de um algoritmo para juntar estes inputs de forma correta para gerar o resultado do bolo assado no final, que será o seu “output”.
As atividades que ocorrem entre a entrada e a saída, são os processos, você receberá informações, ou dados para seguir com a validação, testes e a conclusão das atividades e dependendo dos processos identificados, deve seguir as alternativas para obter o resultado final.
Deixa-me detalhar melhor com o exemplo do bolo.
Imagina na atividade de verificar se o bolo está pronto. Você depois de combinar todos os ingredientes, deixar ele no forno por x tempo, precisa se certificar que ele estáassado. Então, os humanos normalmente fazem o teste do garfo. E dependo do resultado toma uma decisão. Ou desliga o forno, ou deixa mais tempo para concluir.
Se usarmos uma IA, basta ter um sensor do tipo de textura, para identificar este ponto e tomar a mesma decisão.
Então a IA pensa:
< TEXTURA É A IDEAL? >
SE FOR VERDADEIRO =forno é desligado e bolo retirado.
FINALIZA
SE FOR FALSO = bolo segue no forno;
EXECUTAR “< TEXTURA É A IDEAL? >” NOVAMENTE EM X TEMPOS
Estamos utilizando
um exemplo bastante simples, somente para trazer uma ideia do contexto da logico por trás do algoritmo, mas as tarefas são muitas mais complexas, com milhares de variáveis envolvidas e precisam ser respondidas em milésimos de segundos.
Neste ponto você pode pensar,
ok, mas onde deverá ser usada a IA, pois eu nem gosto de bolo? MAS… ela já é usada no seu dia a dia e talvez, você nem perceba.
Voce usa smartphone?
WAZE?
Facebook?
Google?
Chat de atendimentos na Internet?
Lembra da atendente virtual LU, do Magazine Luiza que até utilizava o Tinder?
Pode ser que você não use nenhum destes serviços, ok.
Mas, serviços de transporte publico?
Serviços de Telecomunicações?
Serviços de Saúde?
Sabe me dizer se existe alguma camara de segurança no seu percurso de casa ao trabalho?
Se tiver dito sim,
em algum desde pontos, pode ter a certeza, que a IA já faz parte de sua vida e você ainda não percebeu.
Já utilizamos a tecnologia de Inteligência Artificial
nos mais diversos segmentos do dia a dia e vamos falar de exemplos em breve. Mas para agora e para que este artigo não fique muito extenso, nem muito técnico.
Quero que se recorde que a IA já esta entre nós,
mesmo que você não perceba. Ela o software que faz o hardware funcionar. Esta evoluindo a passos largos e desbravando fronteiras nunca imaginada.
Descortinando novos horizontes
com novas alternativas e descobertas que vão, em muito ajudar a humanidade e o mercado tem valiosas oportunidades para quem avança neste sentido.
Por agora é um obrigado.
Até a próximo artigo.
By André Quintão
André Quintão é Mineiro de Belo Horizonte, pai de dois meninos, casado com uma Anapolina. Estudou Redes de Computadores e Segurança da Informação.
Hoje mora na Europa e da dicas sobre o assunto no 7Minutos



