Criação de uma “galeria virtual”
Exposição “Centrall” de Allyne Laís traz um olhar singular sobre o Centro de Anápolis e convida o público para participar
No próximo sábado (14), projeto faz encontro final no Barranco Ateliê, com entrada franca
Durante 45 dias, moradores de todas as regiões de Anápolis que passaram pelo Centro da cidade puderam apreciar, mesmo que rapidamente, a exposição “Centrall”.
Com autoria de Allyne Laís, o trabalho reuniu 21 fotografias de um acervo construído ao longo de uma década.
O nome do projeto, contemplado no Fundo Municipal de Cultura de Anápolis 2022, vem da junção da palavra Centro com “all”, termo em inglês que significa “todos/todas/tudo”.
O objetivo é mostrar que o Centro da cidade, assim como a arte, é de todos e, ao mesmo tempo, todos são parte do Centro.
É um trabalho de identificação e de memória também, as pessoas conversam muito comigo sobre memórias de quando eram crianças, de alguém que morava nos lugares que fotografei, de algo vivido nesse espaço.
Eu fico tentando observar cores, camadas, texturas no meu dia a dia, mas também tem uma questão crítica, que faz a gente refletir, disse Allyne.
Centrall ficou disponível ao público anapolino e turistas durante os dias 19 de outubro e 17 de novembro, nas praças Bom Jesus e Americano do Brasil, lugares símbolos do município.
O projeto ainda inclui a criação de uma “galeria virtual”, uma ação colaborativa com a população no perfil oficial no Instagram.
Segundo a fotógrafa, a ideia é fortalecer o espaço público como um lugar propício à fruição das artes, além de criar um acervo a céu aberto que proporcionou, gratuitamente, arte a milhares de pessoas que passam pelo Centro, democratizando o acesso à cultura em Anápolis.
O interessante é que cada um tem o seu poético dentro de si, não tem lei, não regra, qualquer pedacinho da cidade que te chama a atenção já vale, afirmou.
No próximo sábado (14), a partir das 16h no Barranco Ateliê, na Vila Santa Terezinha, Allyne irá reunir os seus registros e a galeria virtual em um encerramento simbólico.
Ao todo, 33 pessoas enviaram mais de 150 registros, mostrando a singularidade e pluralidade de ângulos, cores e percepções do tempo-espaço anapolino.
O projeto é uma produção da TAOM Soluções Criativas e possui orientação artística de Joardo Filho.