Em uma ação que visa proteger a saúde pública e a integridade da juventude, o Procon Goiás notificou o Facebook para fornecer esclarecimentos sobre a veiculação de anúncios relacionados à venda de cigarros eletrônicos, como vapes e pods, em sua plataforma.

O ofício foi entregue à empresa no dia 16 de novembro, mas a divulgação das informações ocorreu somente nesta quarta-feira, 11 de dezembro.

O Monitoramento e suas Implicações

Após um monitoramento rigoroso do marketplace do Facebook, o Procon Goiás constatou a presença de diversas propagandas de estabelecimentos que comercializam produtos que, desde 2009, estão proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A fabricação, comercialização, importação, distribuição, transporte e propaganda de cigarros eletrônicos são atividades proibidas, levando a um questionamento grave sobre a responsabilidade da plataforma em conter tais práticas.

Marco Palmerston, superintendente do Procon Goiás, expressou suas preocupações a respeito da agressividade das publicidades encontradas.

Ele destacou que essas campanhas publicitárias atraem principalmente o público jovem, apresentando produtos coloridos, aromatizados e que frequentemente são promovidos como uma alternativa mais segura aos cigarros convencionais.

Essa não é a realidade,

enfatizou Palmerston, chamando a atenção para os perigos associados ao uso de cigarros eletrônicos.

Proibição Imediata e Consequências

O ofício enviado ao Facebook não somente requer esclarecimentos, mas também exige que a empresa interrompa imediatamente qualquer tipo de exposição ou divulgação, em Goiás, de vapes, pods e cigarros eletrônicos, além de seus acessórios.

Uma simples busca em qualquer plataforma do Facebook revela que as propagandas saltam aos olhos, algumas delas até como anúncios patrocinados,

afirmou Marco Palmerston, reafirmando a urgência da situação.

A Responsabilidade das Plataformas Digitais

Este caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade das plataformas digitais na regulação de conteúdos publicitários.

O Facebook, como uma das redes sociais mais utilizadas no Brasil e no mundo, tem um papel crucial na promoção e na proteção da saúde pública.

Com a crescente preocupação em torno dos efeitos nocivos dos cigarros eletrônicos, a ação do Procon Goiás destaca a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa e de uma abordagem ética frente à publicidade de produtos prejudiciais.

Conclusão

A notificação do Procon Goiás ao Facebook é um passo significativo na luta contra a publicidade de produtos que colocam em risco a saúde de jovens e adultos.

A proibição de anúncios de cigarros eletrônicos é uma medida necessária que deve ser apoiada por ações semelhantes em outras regiões do Brasil e do mundo.

A sociedade precisa estar atenta ao que é promovido nas plataformas digitais e exigir uma maior responsabilidade das empresas que operam nesses ambientes.

A proteção da saúde pública deve ser sempre uma prioridade.

Por: Gildo Ribeiro

[caption id="attachment_177450" align="alignnone" width="1024"] Marco Palmerston, superintendente do Procon Goiás, destacou que essas campanhas publicitárias atraem principalmente o público jovem[/caption] [caption id="attachment_177451" align="alignnone" width="1024"] Marco Palmerston, superintendente do Procon Goiás, expressou suas preocupações a respeito da agressividade das publicidades encontradas.[/caption]