Opinião do Governador
Caiado manda recado a empresários que protestaram contra Fundo Protege
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirma que são infelizes as últimas declarações do governador Ronaldo Caiado a respeito do alerta feito por empresários e trabalhadores quanto à prorrogação do Fundo Protege e à substituição do Fomentar e Produzir pelo ProGoiás.
Cinco dias depois da manifestação organizada pelos empresários contra a prorrogação do Fundo Protege, na quarta-feira (11) na Assembleia Legislativa, o governador Ronaldo Caiado respondeu nesta segunda-feira (16) às críticas dos empresários à prorrogação do fundo e à substituição do Fomentar e Produzir pelo ProGoiás.
Depois de ler a lista de todos os projetos sociais que, segundo o governo, são bancados com os recursos arrecadados com o Protege, o governador afirmou:
“Quando eu vejo alguns empresários que tanto recebem de isenção do Estado de incentivos que chegam a mais de R$ 7 bilhões [de renúncia fiscal por ano] se negarem a contribuir com um percentual para nós mantermos todos esses projetos que acabei de ler, isso mostra a insensibilidade dessas pessoas. Eu não acredito que vão continuar a fazer resistências a esse projeto que está na Assembleia Legislativa”.
Na quarta-feira os presidentes da Adial, Otávio Lage Siqueira Filho, e da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, fizeram duras críticas ao governo na Assembleia durante a manifestação. Eles criticaram a “falta de diálogo” do governo com as lideranças empresariais e disseram que iam judicializar o assunto. Mabel, que foi deputado estadual e federal pelo MDB, foi o mais crítico e ironizou: “Dizem que bandido muda de emprego ou muda de Estado.
Aqui é ou você muda seus filhos de Estado ou eles não vão ter emprego”, disse em uma referência ao slogan de Caiado para a segurança pública.
“Este é o recado que quero transmitir a todos eles. Esperava que, ao invés de eles terem ido à Assembleia Legislativa de camisa preta, tivessem ido de camisa verde-amarela, dizendo, ‘olha, nós somos gratos ao que o povo de Goiás abriu mão de ter em seus cofres para que nós tivéssemos nossas empresas no Estado e estamos apoiando aquilo que é o mínimo que se faz por quem se locupleta de todo esse esforço da população’”.
Questionado se respondia às críticas de Sandro Mabel, o governador negou. Afirmou que não “funaliza” o debate, mas que estava informando a população goiana sobre a destinação dos recursos arrecadados com o Fundo Protege e perguntando se [ela] achava justo o encerramento dessas políticas sociais.
“Isso é que tem de ser colocado, nenhuma discussão a mais. Os deputados são representantes de 7 milhões de goianos”. Segundo ele, a manutenção do Protege garantirá o prosseguimento dos projetos. “Se alguém em Goiás tem maioria para dizer ‘não, o que vale é a mobilização de algumas empresas em detrimento de 7 milhões de goianos’, isso fica aí para vocês [decidirem]. Isso cabe a vocês, não cabe ao governador decidir.”
Apesar de dizer que a decisão não é sua, Caiado disse que era “incompreensível” os empresários “se beneficiarem tanto, de tantos incentivos e serem insensíveis às desigualdades locais e regionais” do Estado.
“O que se pede é tenham um pouco mais de espírito público de amor ao próximo e saibam estender aquilo que adquiram e construíram com o suor do povo goiano para que tenhamos condições de mantermos todas essas ações sociais que o Estado hoje cumpre com essa arrecadação”.
O governador informou que os 15% do Fundo Protege custeiam os seguintes programas sociais: parcela do transporte escolar, com a transferência de recursos para o pagamento de empresas que fazem o transporte de estudantes; bolsa educativa cultural e bolsa orquestra; bolsa universitária; passe-livre estudantil; apoio ao Pasep para qualificar os jovens; restaurante cidadão; ação cidadã; auxílio financeiro aos cidadãos de baixa renda; auxílio para pagamento de energia elétrica, água e esgoto às entidades e hospitais filantrópicos; auxílio nutricional às entidades filantrópicas (pão e leite às creches); fortalecimento das políticas de proteção social; fornecimento de merenda aos alunos de educação básica, construção e reforma e doação de moradias a famílias de baixa renda e cartão-transporte cidadão.
(Com reportagem de Rafael Bessa.)
Opinião de Sandro Mabel
“O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirma que são infelizes as últimas declarações do governador Ronaldo Caiado a respeito do alerta feito por empresários e trabalhadores quanto à prorrogação do Fundo Protege e à substituição do Fomentar e Produzir pelo ProGoiás.”
Link original da matéria:
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Caiado manda recado a empresários que protestaram contra Fundo Protege (Foto: Rafael Bessa / Sagres Online)[/caption]
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirma que são infelizes as últimas declarações do governador Ronaldo Caiado a respeito do alerta feito por empresários e trabalhadores quanto à prorrogação do Fundo Protege e à substituição do Fomentar e Produzir pelo ProGoiás.[/caption]



