Solidariedade
Estudante que ficou paraplégico após ser baleado em assalto
Pede ajuda para comprar cadeira de rodas, em Goiânia.
Diogo Batista Meneses, de 31 anos, conta que o encosto da cadeira de rodas dele quebrou há dois meses, e ele não tem condições de pagar por uma nova.
O estudante Diogo Batista Meneses, de 31 anos, pede ajuda para comprar uma cadeira de rodas, após a dele ter quebrado o encosto. Morador de Goiânia, o estudante ficou paraplégico depois de ser baleado em um assalto, quando voltava do trabalho, há nove anos, e não tem condições financeiras de adquirir uma nova.
Sobrevivendo com pouco mais de um salário mínimo da aposentadoria que recebe, o estudante sonha ter uma cadeira monobloco esportiva, que custa cerca de R$ 3 mil, pois o ajudaria a realizar as atividades de forma mais independente. Há dois meses com a cadeira estragada, ele conta que está até sem ir ao supermercado e precisa resolver tudo o que precisa pela internet.
“Para eu ter autonomia, só uma cadeira mais reforçada, que aguente mais tempo. Como pago aluguel de R$ 500 e faço toda a minha despesa, o dinheiro acaba não sobrando. Já entrei com um pedido para conseguir a cadeira por meio da Prefeitura de Goiânia, mas nunca me deram retorno”, disse.
Além das despesas com a casa, Diogo precisa fazer, de quatro em quatro horas, um procedimento chamado de “cateterismo vesical”, para drenar a urina da bexiga. Para isto, ele precisa de insumos específicos que custam em torno de R$ 400 e que, anteriormente, eram custeados pela prefeitura.
“Eu costumava pegar esses insumos em um posto de saúde perto da minha casa. Mas, há cerca de quatro meses, eles pararam de fornecer, e eu estou tendo que comprar do meu próprio bolso”, contou.
Em nota enviado ao G1, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que os insumos para realizar o cateterismo está disponível no Centro de Saúde da Família Itatiaia (CSF Itatiaia). O município afirmou ainda que ligou para Diogo informando que ele poderia buscá-los.
Diogo mora sozinho, pois a mãe dele morreu quando ele tinha 15 anos. Sem conhecer o pai, ele conta que teve de aprender desde cedo como se virar, mas que tudo ficou ainda mais difícil após perder os movimentos das pernas.
“Preciso sair de casa para estudar, trabalhar, comprar as coisas que preciso. Não tenho mais ninguém, além de mim” contou.
Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas por Diogo, ele não desistiu de ir em busca do seu maior sonho: se formar em letras e seguir o mesmo caminho da mãe.
Há dois anos, ele conseguiu ser aprovado na Universidade Federal de Goiás (UFG).
“Eu estudei, me esforcei e consegui passar em letras, o mesmo curso que a minha mãe fez. Antes da pandemia, eu passava o dia todo no campus. Ficava na biblioteca de manhã, ia para as aulas no período da tarde. Por isso, conseguir essa cadeira é tão importante para mim”, disse.
By Millena Barbosa, G1 GO
Diogo Batista Meneses em Goiânia, Goiás — Foto: Diogo Batista/Arquivo pessoal[/caption]
Estudante mostra cadeira de rodas que quebrou após ele voltar de supermercado em Goiânia — Foto: Diogo Meneses/Arquivo pessoal[/caption]
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Diogo Batista Meneses na Universidade Federal de Goiás (UFG) — Foto: Diogo Batista/Arquivo pessoal[/caption]



