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morte foi planejada por amigos

Jovem foi morta em Goiânia porque amiga queria testar se era psicopata

PCGO elucidou o assassinato de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos. Corpo dela foi encontrado no dia no dia 30/8

Goiânia – Para testar se era psicopata e como se comportaria após cometer o assassinato de uma
pessoa, uma amiga e outros dois comparsas planejaram a morte da jovem Ariane Bárbara Laureano de
Oliveira, de apenas 18 anos.

Ela foi dada como desaparecida entre os dias 24/8 e 30/8, quando o
corpo foi encontrado em uma área de mata, no Setor Jaó, em Goiânia.

O delegado Marcos de Oliveira Gomes, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH),
apresentou nesta quarta-feira (15/9) os detalhes sobre a elucidação do caso.

Segundo ele, três
amigos (duas moças e um rapaz) traçaram o plano do homicídio de Ariane e a escolheram
aleatoriamente, com a intenção única de testar o comportamento psíquico de umas das garotas
envolvidas no crime.

Ariane foi atraída por eles, no dia 24/8, ao ser convidada para sair e tomar um lanche. Ela chegou
a enviar uma mensagem de áudio para a mãe, avisando que sairia com as amigas. Pelo tom da fala, ela
aparentava estar alegre e animada para o compromisso, conforme descrição do delegado. A última vez
que a mãe a viu foi às 20h daquele dia, quando ela saiu de casa.

Raíssa Nunes Borges, de 19 anos, Enzo Jacomini Carneiro Matos, que se apresenta como Freya, de 18,
e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22, passaram de carro no Lago das Rosas, no Setor Oeste, onde
combinaram de pegar Ariane. Assim que ela entrou no veículo, deu-se início ao plano que eles haviam
elaborado.

Tudo foi relatado ao delegado, durante interrogatório e confissão do homicídio.

A descoberta
começou com a identificação das amigas que teriam convidado Ariane para sair no dia em que ela
desapareceu e, em seguida, do veículo que teria transportado o corpo da jovem até o local onde ele
foi abandonado

“Estalar de dedos”
Os presos têm entre 18 e 22 anos, sem passagem pela polícia e, de acordo com a investigação,
escolheram até a música que tocaria no carro, na hora do crime.

O combinado era deixar a música rodar, enquanto eles andavam de carro pela cidade, em direção ao
Setor Jaó, e Jeferson daria um sinal para que o assassinato fosse iniciado: um estalar de dedos.

Ele conduzia o veículo, enquanto uma das garotas estava no banco do carona. Atrás, estavam Ariane e
a outra jovem envolvida no crime. Quando o rapaz estalou os dedos, a menina que estava ao lado da
vítima tentou enforcá-la e a deixou desacordada, somente.

Nesse momento, segundo o delegado, a jovem que estava no banco da frente virou-se para trás e deu
uma facada em Ariane – a primeira de três facadas que ela levou.

“Foi um verdadeiro ritual dentro do carro, e tudo combinado na noite anterior. Eles entraram em
contato com a vítima, entraram no veículo com tudo já programado, Ariane entraria, eles iriam
sentido Setor Jaó e, em determinado momento, ele (Jeferson) ligaria uma música específica e
estalaria os dedos para sinalizar o início do homicídio”, conta o delegado.

Escolha pela estatura
Os presos relataram que não havia um motivo para o assassinato de Ariane, além da intenção de
testar o suposto comportamento e psicopatia de uma das envolvidas. Se não fosse ela, segundo o
delegado, teria sido outra vítima. Os três jovens estavam fechados na intenção de praticar o crime.

A escolha de Ariane teria ocorrido de maneira aleatória, devido à baixa estatura dela. Em caso de
possível reação, eles calcularam que seria fácil de controlá-la e matá-la.

“Nenhum demonstrou arrependimento nos dias posteriores ao crime. Só um dos envolvidos, na verdade.
Os outros dizem que deveriam ter feito isso mesmo para terem a certeza. Uma das pessoas presas
queria certificar se era psicopata ou não e, para ter a certeza, deveria matar alguém e saber qual
seria a reação depois”, diz Marcos de Oliveira Gomes.

Resquícios de sangue da jovem foram encontrados e confirmados pela perícia na faca utilizada no
crime e no carro que transportou o corpo dela até o local onde ele foi abandonado.

“Comportamento abjeto”
O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), Alexandre Pinto Lourenço, falou durante a
apresentação dos detalhes da investigação e considerou “abjeto” o comportamento dos jovens que
planejaram a morte de Ariane.

“Por uma brincadeira, na perspectiva de testarem o comportamento de uma das pessoas envolvidas,
levaram à morte de uma inocente, uma pessoa que acreditava estar entre amigos”, diz ele.

O caso, para o delegado, foi emblemático. Além da repercussão que gerou, ele demonstra os cuidados
que os pais devem ter ao acompanhar o desenvolvimento dos filhos. Ele fez um alerta, nesse sentido,
para que os pais fiquem atentos ao comportamento dos jovens.

O corpo de Ariane só foi encontrado no dia 30/8, porque moradores próximos ao local da mata
começaram a sentir o forte odor. Ele foi encontrado em avançado estágio de decomposição e a
identificação se deu pelas digitais da garota

By: Galtiery Rodrigues

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[caption id="attachment_103396" align="alignnone" width="1024"] PCGO elucidou o assassinato de Ariane Bárbara Laureano, de 18 anos. Corpo dela foi encontrado no dia 30/8 e a morte foi planejada por amigos[/caption]
[caption id="attachment_103397" align="alignnone" width="1024"] Jeferson Cavalcante Rodrigues de 22 anos, preso por participação no assassinato de Ariane Bárbara Laureano em Goiânia PCGO[/caption] [caption id="attachment_103398" align="alignnone" width="1024"] Raissa Nunes Borges, 19 anos também presa por participação na morte de Ariane PCGO[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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