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Animais raros

Maior tatu do mundo, jiboia ‘arco-íris’ e sapo-foguetinho

veja imagens de animais raros registrados em Goiás em 2023

Diferentes espécies de animais foram vistas em aparições raras nos municípios goianos; relembre todas elas.

Ao longo de 2023, diferentes espécies de animais foram vistas em aparições raras nos municípios goianos.

Entre eles, estão nomes curiosos, como a jiboia ‘arco-íris’ e o sapo-foguetinho, e até animais ameaçados de extinção, como o tatu-canastra, considerado o maior tatu do mundo.

Relembre os registros raros de animais feitos neste ano

Jiboia ‘arco-íris’
Em fevereiro deste ano, uma jiboia conhecida como “arco-íris” impressionou funcionários após ser encontrada na porta de uma empresa em Caldas Novas, no sul de Goiás.

O subtenente do Corpo de Bombeiros Fábio Mesquita contou que a empresa fica perto de um brejo e que o animal rastejou na calçada e subiu em um coqueiro. A cobra de 1,2 metro não estava ferida e foi solta na natureza.

Ao g1, o biólogo Edson Abrão explicou que o animal é raro, não é peçonhento e se alimenta de pequenos mamíferos, como roedores e anfíbios.

“Esse efeito ‘arco-íris’ é chamado de iridescência. Ela possui células que refletem a luz do sol e que fazem com que ela fique brilhante. É muito parecido com o fenômeno climático do arco-íris”, explicou o biólogo.

O especialista disse ainda que

o fato de ela ficar colorida no sol facilita para que ela se proteja de alguns predadores.

A maioria desses animais, quanto mais colorido,

é mais peçonhento..

Alguns são assim para enganar o predador, pontuou o biólogo.

Sapo-foguetinho
Em junho deste ano, quase 90 espécies de anfíbios e répteis raras e endêmicas foram catalogadas por pesquisadores na região da Chapada dos Veadeiros durante uma pesquisa que acontece desde 2011. Entre elas, está o sapo-foguetinho.

Segundo os pesquisadores, além de estar ameaçado de extinção, o sapo é difícil de ser encontrado, uma vez que ele se cala com qualquer tipo de barulho feito na mata.

Cachorro-vinagre
Em setembro foi divulgada a informação de que três animais da espécie cachorro-vinagre foram vistos em uma reserva particular ambiental em Niquelândia, no norte de Goiás. Foi a primeira vez que o animal selvagem e ameaçado de extinção aparece na região.

O registro foi feito em 2022, mas só foi divulgado neste ano após análises das imagens. A reserva é mantida por uma empresa privada de mais de 30 hectares. O animal foi filmado em um dos 25 pontos estratégicos instalados na reserva.

Segundo a reserva, o registro traz esperança para a espécie que, no Cerrado, tem probabilidade de 100% de extinção em 100 anos.

O cachorro-vinagre está classificado no livro vermelho da fauna brasileira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) com perigo de extinção no Cerrado.

Os biólogos temem que o cachorro-vinagre deixe de existir.

É uma espécie que se nenhuma medida adicional de conservação no âmbito estadual e nacional for aumentada nos próximos anos

a tendência é que ele desapareça da natureza,

conta David Canassa, diretor da Reservas Votorantim.

Especialistas da reserva contam que o cachorro-vinagre é a mais rara dentre outras cinco espécies de cães selvagens que são encontrados no Brasil – lobo-guará, cachorro-do-mato, raposa-do-campo, graxaim-do-campo e cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas.

Pequenino e sociável são as duas características que mais chamam a atenção do cachorro-vinagre.

Ele é o menor entre os canídeos brasileiros, mede entre 57 e 75cm de comprimento, possui entre 12 e 15 cm de cauda e pode pesar de 5 a 8 kg.

Gato-palheiro melânico
Em outubro, o gato-palheiro melânico, considerado raro, foi registrado no Parque Nacional das Emas, a 25 km de Chapadão do Céu, no sudoeste goiano. O biólogo e analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Kennedy de Andrade Borges foi quem fez o registro do animal.

Eu estava a mais de 60 m de distância. Me deitei no chão e fiz um pseudo-tripé com o tronco e braços para conseguir essa imagem, disse Kennedy.

Kennedy conta que o animal é de uma espécie extremamente furtiva, discreto e rápido. Normalmente, caça nos aceiros e estradas em leito natural do parque. Quando percebe algum movimento, embrenha-se rapidamente na vegetação. Por isso, é muito difícil de ser avistado e registrado.

A médica veterinária Luana Borboleta disse que o gato-palheiro é um pequeno felídeo não muito maior que um gato doméstico e é encontrado na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A fragmentação do seu habitat tem sido considerada a maior ameaça para a espécie na maior parte de sua área de distribuição.

 

Tatu-canastra
Também em outro, um tatu-canastra foi visto passeando em uma fazenda em Caiapônia, no oeste de Goiás. O biólogo Edson Abrão afirma que ele é o maior tatu do mundo e lamenta que a espécie esteja ameaçada de extinção.

O tatu-canastra pode chegar a até 1 metro de comprimento. Ele é um mamífero que gosta de climas quentes e úmidos e, por isso, é predominante do Brasil, mas pode ser encontrado em diversas regiões da América Latina.

Abrão explica que o tatu-canastra é onívoro,

ou seja, de plantas ou outros animais.

Se alimenta de vegetais, frutas e sementes,

além de pequenos insetos anfíbios, répteis, ovos e,

até mesmo cadáver, detalha o biólogo.

O especialista destaca que ele é um animal importante para a natureza.

Ele é aerosolo, isto é, gosta de cavar buracos para se esconder.

Com isso, faz aração do solo, que leva oxigenação e ajuda na decomposição orgânica, fala.

Além disso, como ele se alimenta de insetos, ajuda na diminuição de aranhas, escorpiões e outros insetos peçonhentos.

Ele é muito importante na cadeia alimentar, desde aqueles que o comem até o que ele come, enfatiza.

Abrão diz ainda que ele não é um animal que ataca,

pois, pelo contrário, tem medo de humanos e, geralmente,  tenta fugir e se esconder.

Agora, se você segurar ele,

ele pode morder, pois é aquele ditado:

a melhor defesa é o ataque  alerta.

Tapiti
Em dezembro, um grupo de pesquisadores registrou um tapiti, o coelho-brasileiro, no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas. Essa foi a primeira vez que o animal foi registrado desde o início do Projeto Bandeiras no Corredor.

Segundo os pesquisadores do projeto, o tapiti é a menor das espécies de coelho conhecidas e a única totalmente brasileira. Também é uma espécie com poucos dados, por isso, qualquer registro dela é importante.

As imagens são consideradas raras pois o coelho-brasileiro é um bicho de hábitos noturnos.

Por Larissa Feitosa, g1 Goiás

[caption id="attachment_161000" align="alignnone" width="1024"] Jiboia 'arco-íris' impressiona funcionários ao ser encontrada perto de empresa em Caldas Novas, Goiás — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros[/caption] [caption id="attachment_161001" align="alignnone" width="1024"] Sapo-foguetinho, encontrado na região da Chapada dos Veadeiros por pesquisadores, em Goiás — Foto: Pedro Peloso/Instituto Boitata[/caption] [caption id="attachment_161002" align="alignnone" width="1024"] Cachorro-vinagre: conheça animal raríssimo e ameaçado de extinção que foi visto em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera[/caption] [caption id="attachment_161003" align="alignnone" width="1024"] Gato-palheiro melânico, considerado raro, foi visto no Parque Nacional das Emas, em Goiás — Foto: Divulgação/Kennedy de Andrade Borges[/caption] [caption id="attachment_161004" align="alignnone" width="1024"] O tatu-canastra pode chegar a até 1 metro de comprimento — Foto: Reprodução/TV Anhanguera[/caption]
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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