Em Goiânia. “Piratas do Campo”
Polícia prende grupo suspeito de roubar e falsificar defensivos agrícolas e recupera mais de R$ 20 milhões em produtos
E recupera mais de R$ 20 milhões em produtos. Conforme a polícia, criminosos adulteravam produtos acrescentando etanol e corantes, multiplicando em até 20 vezes o volume dos defensivos antes de reinseri-los no mercado. Eles agiam em Goiás e mais três estados.

A Polícia Civil prendeu um grupo suspeito de furtar e falsificar defensivos agrícolas e recuperou mais de R$ 20 milhões em produtos, em Goiânia.
A corporação informou que os criminosos acrescentavam etanol e corantes aos itens, multiplicando em até 20 vezes o volume dos produtos antes de reinseri-los no mercado.
Sete pessoas foram presas.
Como os nomes dos suspeitos não foram divulgados, o G1 não conseguiu localizar a defesa deles.
O resultado da operação batizada como “Piratas do Campo” foi divulgado na manhã desta quinta-feira (28).
De acordo com o delegado Alexandre Bruno Barros, as investigações duraram um ano e dois meses. Conforme o investigador, o grupo roubava as cargas em rodovias e fazendas de Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Tocantins.
“Nós conseguimos identificar os organizadores. Esses produtos eram adulterados. As embalagens e lacres eram fabricadas por uma gráfica em Goiânia e são extremamente semelhantes aos originais. Eles eram vendidos para produtores rurais que compravam na boa fé”, disse o delegado.
Três galpões com mais de 1 mil metros quadrados cada, utilizados pelo grupo, foram localizados na capital. No local, os policiais também apreenderam medicamentos veterinários, gêneros alimentícios, aço para construção civil, bebidas, sementes e motores para irrigação rural.
“Nos galpões tinham mais de R$ 20 milhões em mercadorias”, disse o delegado.
Nove veículos, dentre eles caminhões e micro-ônibus, e maquinários para a falsificação de defensivos também foram apreendidos.
De acordo com a polícia, o valor das máquinas ultrapassam R$ 1 milhão.
Um bloqueador de sinal também foi apreendido. O delegado explicou que as cargas roubadas geralmente tinham rastreadores, mas os criminosos conseguiam bloquear o sinal para dificultar o trabalho da polícia.
A Polícia Civil informou que os organizadores e chefes do esquema seriam, em sua maioria, donos de gráficas, fabricantes de embalagens e tampas e empresários do ramo de compra e venda de defensivos.
Os suspeitos foram autuados pelos crime de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação e roubo.
A corporação informou que a maioria das vítimas já foi localizada, sendo fazendeiros e empresários. Sem informar a quantidade, a corporação divulgou que a
“maior parte dos produtos foi restituída”.
Por Guilherme Rodrigues, G1 GO

