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Presidente eleito da Venezuela

Multidão aplaude opositor de Maduro e Milei em Buenos Aires

Edmundo González e o presidente da Argentina se reuniram neste sábado (4.jan), na Casa Rosada; político diz que voltará à Venezuela, onde governo oferece US$ 100 mil por sua captura.

Adversário eleitoral do presidente venezuelano Nicolás Maduro, Edmundo González (La Plataforma Unitaria Democrática, centro-direita) chegou neste sábado (4.jan.2025) a Buenos Aires para um encontro com o presidente da Argentina, Javier Milei (La Libertad Avanza, direita).

Os 2 se reuniram pela manhã na Casa Rosada, sede do governo argentino. Milei recebeu o opositor de Maduro com honrarias e o chamou de “presidente eleito” da Venezuela.

Os 2 caminharam para a sacada da sede da Presidência da Argentina, onde foram aplaudidos por uma multidão aglomerada na Praça de Maio.

Eis a íntegra do comunicado sobre a reunião (PDF – 229 kB).

González, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais de julho do ano passado, disse que voltará à Venezuela em 10 de janeiro, data da posse presidencial. O governo chavista, porém, colocou uma recompensa de US$ 100 mil por sua captura. O opositor reservou o iniciou do ano para fazer um tour pelo continente para pressionar os vizinhos a não reconhecer a vitória de Maduro. Além da Argentina, González também irá ao Uruguai para se encontrar com o presidente Luis Lacalle Pou neste sábado (4.jan).

Irá ainda ao Panamá, República Dominicana e Estados Unidos.

O Brasil não está no roteiro.

O diplomata estava exilado na Espanha desde setembro de 2024. Buscou refugiu no país europeu depois de a Justiça venezuelana emitir um mandado de prisão contra ele por descumprir 3 intimações do Ministério Público para esclarecer a divulgação das atas eleitorais do pleito –embora os documentos sejam públicos em países democráticos e com eleições livres. A oposição alega que González venceu as eleições de 28 de julho de 2024. Maduro se declarou vencedor no pleito, mas o resultado é questionado tanto por opositores locais quanto por autoridades estrangeiras. Neste sábado (4.jan), a líder da oposição, María Corina Machado, disse em publicação no X que já foram apuradas, paralelamente, mais de 85% das atas eleitorais, e que o resultado dá a vitória a González.

VENEZUELA SOB MADURO

A Venezuela vive sob uma autocracia chefiada por Nicolás Maduro, 62 anos.

Não há liberdade de imprensa. Pessoas podem ser presas por “crimes políticos”.

A OEA (Organização dos Estados Americanos) publicou nota em maio de 2021 (PDF – 179 kB) a respeito da “nomeação ilegítima” do Conselho Nacional Eleitoral.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos relatou abusos em outubro de 2022 (PDF – 150 kB), novembro de 2022 (PDF – 161 kB) e março de 2023 (PDF – 151 kB).

O relatório da Human Rights Watch divulgado em 2023 (PDF – 5 MB) afirma que 7,1 milhões de venezuelanos fugiram do país desde 2014.

Maduro nega que o país viva sob uma ditadura. Diz que há eleições regulares e que a oposição simplesmente não consegue vencer.

As eleições presidenciais realizadas em 28 de julho de 2024 são contestadas por parte da comunidade internacional.

A principal líder da oposição, María Corina Machado, foi impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos em junho de 2023.

O Supremo venezuelano confirmou a decisão em janeiro de 2024.

Falou em “irregularidades administrativas” que teriam sido cometidas quando era deputada, de 2011 a 2014, e por “trama de corrupção” por apoiar Juan Guaidó. Corina indicou a aliada Corina Yoris para concorrer.

No entanto, Yoris não conseguiu formalizar a candidatura por causa de uma suposta falha no sistema eleitoral.

O diplomata Edmundo González assumiu o papel de ser o principal candidato de oposição.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, controlado pelo governo, anunciou em 28 de julho de 2024 a vitória de Maduro.

O órgão confirmou o resultado em 2 de agosto de 2024, mas não divulgou os boletins de urnas.

O Tribunal Supremo de Justiça venezuelano, controlado pelo atual regime, disse em 22 de agosto de 2024 que os boletins os boletins não serão divulgados.

O Centro Carter, respeitada organização criada pelo ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, considerou que as eleições na Venezuela “não foram democráticas”.

Leia a íntegra do comunicado (PDF – 107 kB).

Os resultados têm sido seguidamente contestados pela União Europeia e por vários países individualmente, como Estados Unidos, México, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.

O Brasil não reconheceu até agora a eleição de Maduro em 2024, mas tampouco faz cobranças mais duras como outros países que apontam fraude no processo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer não ter visto nada de anormal no pleito do país….

 

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Opositor de Maduro, González se reúne com Milei em Buenos Aires
Opositor de Maduro, González se reúne com chanceler argentino Geraldo Werthein em Buenos Aires
Opositor de Maduro, González se reúne com Milei em Buenos Aires

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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