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Megarrebelião No Equador:

Agentes São Mantidos Reféns e Prisões Após Ataques Com Carros-Bomba Elevam Tensão No País.

Imprensa local diz que alguns detidos teriam sido liberados após motins em seis penitenciárias do país; envolvidos em ataques com granadas foram presos por 'terrorismo'.

A Polícia Nacional do Equador prendeu ao mesmo 10 pessoas nesta sexta-feira, um dia após sua capital, Quito, ter sido abalada por ataques com granadas e dois carros-bomba durante a madrugada. Contra seis dos detidos, a audiência para formulação das acusações foi realizada ainda na noite de quinta-feira. O Ministério Público informou que um juiz ordenou a prisão preventiva dos envolvidos “pelo crime de terrorismo”.

Já os 57 agentes reféns teriam sido soltos após quase dois dias presos em meio a motins ocorridos em seis penitenciárias, segundo a imprensa local. Algumas publicações, no entanto, indicam que apenas 20 conseguiram sair e que teriam sido soltos quando a Polícia e as Forças Armadas se preparavam para realizar uma operação.

O governo ainda não confirmou essas informações.

Na rede social X, antigo Twitter, o presidente Guillermo Lasso limitou-se a dizer que a revolta nos presídios foi uma resposta a operações policiais no sistema penitenciário do país — incluindo ações para confiscar armas.

“Equatorianos: As medidas que tomamos, especialmente no sistema penitenciário, geraram reações violentas de organizações criminosas que buscam intimidar o Estado. Mas estamos firmes e não recuaremos em nosso objetivo de capturar criminosos perigosos, desmantelar gangues criminosas e pacificar as prisões do país”, declarou. “Na luta contra o crime organizado, precisamos do trabalho de todo o Estado, mas enfatizo o sistema Judiciário. Peço aos juízes que ajam com rapidez e muito rigor.”

Em comunicado à imprensa, Juan Zapata, ministro do Interior, disse estar “preocupado com a segurança dos funcionários”. As prisões no país têm sido palco de massacres cometidos por gangues rivais com ligações aos cartéis colombianos e mexicanos. Desde 2021, ao menos 430 presos morreram nesses conflitos, que muitas vezes deixam corpos queimados e desmembrados.

Querem intimidar o Estado para nos impedir de continuar cumprindo o papel das Forças Armadas e da polícia no controle penitenciário — disse o ministro da Segurança Wagner Bravo à rádio “FM Mundo”.

Em julho, o presidente Guillermo Lasso decretou estado de emergência de 60 dias para as prisões do país. As gangues de traficantes, que usam os presídios como centros de operações, se enfrentam nas ruas do Equador, onde a taxa de homicídios subiu para um recorde de 26 por 100 mil habitantes em 2022 — quase o dobro do ano anterior e superior às taxas da Colômbia, México e Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=PgnxEu0qH2s
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  • Rosiane Stephanie

    Rosiane é editora de conteúdo de várias editorias no portal 7Minutos.

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