Delegações da Rússia e da China – os principais aliados da Coreia do Norte – se reuniram em Pyongyang, capital norte-coreana, nesta semana para celebrar o “Dia da Vitória” da Coreia do Norte na guerra que devastou a península coreana sete décadas atrás. Atualmente, os países se alinham em outro conflito: a invasão da Ucrânia.

Numa recepção ao ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e à delegação russa, o ministro da Defesa norte-coreano, Kang Sun Nam, expressou o total apoio do país “à luta justa do exército e do povo russo para defender a soberania e segurança do país”, de acordo com um relatório da Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

Em comentários de sua autoria, o ministro russo disse que o Exército do Povo Coreano (KPA) “se tornou o exército mais forte do mundo” e prometeu cooperação contínua para mantê-lo assim.

A presença de Shoigu na celebração do “Dia da Vitória” é “particularmente notável: um sinal de quão próximos Pyongyang e Moscou se tornaram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado”, disse Ankit Panda, pesquisador sênior de Stanton no Programa de Política Nuclear do Carnegie Endowment for International Peace.

Mas o encontro em Pyongyang também ilustra uma fraqueza, disse Blake Herzinger, pesquisador do Centro de Estudos dos Estados Unidos na Austrália. “É realmente representativo de quão curtas são as listas de amigos da China e da Rússia, e a disposição de ambos em mostrar apoio a um regime desonesto”, disse Herzinger.