O presidente da Armênia, Armen Sarkissian, renunciou ao cargo neste domingo, 23. Em comunicado, o político disse não conseguir exercer influência sobre as políticas interna e externa do país.

“Pensei muito e decidi deixar o posto de presidente da República após
um trabalho ativo que durou quatro anos”, declarou Sarkissian, no
início de sua carta de renúncia. “Vivemos em uma realidade inédita, em
que o presidente não pode influenciar as questões de guerra ou paz, não
pode vetar leis que considera inadequadas ao país e ao povo.”

O presidente demissionário ainda criticou o sistema político armênio.

“Somos uma República parlamentar na forma, mas não no conteúdo”,
observou. Para resolver esses problemas, Sarkissian revelou ter tentado
criar um sistema político equilibrado entre as instituições, mas não
obteve êxito. “Sem isso, é difícil falar em conquistas significantes,
porque o progresso e o sucesso apenas podem ser atingidos quando há um
sistema previsível e coerente.”

O político disse ainda ter esperança que sejam promovidas mudanças
constitucionais na Armênia, porque isso permitiria aos próximos
governantes trabalhar em uma atmosfera equilibrada e coordenada. De
acordo com Sarkissian, sua família se tornou alvo de opositores, “aos
quais interessa não tanto os feitos de um presidente pelo bem do país,
mas vários mitos e teorias conspiratórias sobre o passado das pessoas”.

Sarkissian estava no cargo desde 9 de abril de 2008.

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