O presidente da Itália, Sergio Mattarella, dissolveu o parlamento italiano, abrindo caminho para uma eleição antecipada, informou a emissora estatal Rai nesta quinta-feira (21).

 

Mais cedo,

o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, entregou sua renúncia a Mattarella após ruptura em sua coalizão de governo, mergulhando o país em turbulências políticas e atingindo os mercados financeiros.

Mattarella afirmou que a eleição deve ser realizada dentro de 70 dias, deixando o governo fixar a data exata que provavelmente será no final de setembro.

“O período pelo qual estamos passando não permite nenhuma pausa na ação (do governo) necessária para combater a crise econômica e social e a inflação crescente”,

disse o presidente italiano em um breve discurso em seu Palácio Quirinale, em Roma.

 

Draghi,

um ex-banqueiro central não eleito que liderou uma ampla coalizão por quase 18 meses, renunciou nesta quinta-feira e foi convidado a permanecer como zelador.

Um bloco de partidos conservadores, liderado pela extrema-direita Irmãos da Itália, parece ter uma clara maioria nas próximas eleições, mostrou um estudo de pesquisas de opinião nesta semana.

 

A coalizão de Draghi

desmoronou na quarta-feira, quando três de seus principais parceiros rejeitaram um voto de confiança que ele havia convocado para tentar acabar com as divisões e renovar sua aliança fragmentada.

Ele tentou reafirmar sua autoridade quando os partidos começaram a tomar diferentes direções antes do final planejado da legislatura no primeiro semestre do próximo ano.

 

A crise política

acabou com meses de estabilidade na Itália, durante os quais Draghi ajudou a moldar a dura resposta da Europa à invasão da Ucrânia pela Rússia e impulsionou a posição do país nos mercados financeiros.

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