Um contingente de 2.500 pessoas
Quem são os Navy Seals, tropa de elite que matou Bin Laden e atua em missões ultrassecretas dos EUA
A unidade de elite da Marinha dos EUA é treinada para participar de ataques a alvos inimigos ou realizar missões de reconhecimento para relatar atividades terroristas
Autoridades de defesa dos Estados Unidos apontaram que Washington recuperou ogivas de mísseis de fabricação iraniana durante uma missão de embarque perto da Somália, no dia 11 de janeiro, que interrompeu o abastecimento que iriam para os Houthis no Iêmen.
A missão foi executada pela unidade de elite da Marinha americana, os SEALs, que também foram responsáveis pela morte do líder e fundador da Al-Qaeda, Osama bin Laden, em 2011.
A unidade de elite da Marinha dos EUA é treinada para participar de ataques a alvos inimigos ou realizar missões de reconhecimento para relatar atividades terroristas. O grupo pode participar de atividades na água, terra ou no ar, atua em missões secretas e possui um processo seletivo rigoroso.
Quem são os SEALs?
Os SEALs, são a unidade de elite da Marinha dos EUA e são essenciais no combate americano contra o terrorismo. O grupo participa de missões secretas ao redor do mundo e não gosta dos holofotes, mas se tornou mais conhecida devido a missões que ficaram famosas, como a tarefa de matar o líder da Al-Qaeda e arquiteto dos atentados terroristas do dia 11 de setembro, Osama bin Laden, em 2011.
A unidade também ficou conhecida pelo resgate do capitão Richard Phillips, do Maersk Alabama, navio de transporte de contêineres que foi sequestrado por piratas na Somália, em 2009.
As origens dos Navy SEALs se remetem a unidades de comando marítimo que foram organizadas durante a Segunda Guerra Mundial, mas o grupo só foi formalmente criado em 1962, em meio a guerra do Vietnã. Os SEALs participam de operações relacionadas ao combate ao contraterrorismo, reconhecimento especial e ação direta (como o resgate de reféns).
A unidade conta com um contingente de cerca de 2.500 pessoas.
Admissão e treinamento
O processo para se tornar da unidade de elite da Marinha americana é conhecido por ser rigoroso. Segundo dados da Marinha americana, apenas 1 em cada 5 postulantes consegue ser aprovado. Os candidatos precisam ser cidadãos americanos e ter entre 18 e 28 anos. Os postulantes também precisam ter terminado o colegial e passam por uma avaliação oftalmológica.
No treinamento, os possíveis membros da unidade de elite passam por aperfeiçoamento de condicionamento físico, treinamento de mergulho e de conflitos em terra. Os postulantes também são expostos a condições extremas, como condicionamento físico em água gelada e atividades que envolvem a privação de sono.
O treinamento mais conhecido é chamado de “semana do inferno”, que as autoridades consideram como uma etapa definidora sobre a possibilidade de se tornar um Seal ou não. Durante cinco dias, os candidatos precisam passar por intensas provas de resistência, que é feita para “eliminar os fracos e não comprometidos”, segundo a Marinha dos EUA. Nesta semana, são realizadas 20 horas de provas físicas e os postulantes podem ter apenas quatro horas de sono.
Em fevereiro de 2022, Kyle Mullen, de 24 anos, morreu após completar o treinamento da “semana do interno”. Outro candidato que fez o treino com Mullen teve que ser hospitalizado.
Principais missões
Os SEALs participaram de missões importantes ao longo da história americana. A morte de Osama bin Laden, que estava escondido no Paquistão em 2011, se tornou a mais conhecida nos últimos anos.
A unidade de elite também participou da chamada Batalha de Mogadishu, em 1993, entre forças apoiadas pelos Estados Unidos e milícias na Somália, em meio a guerra civil no país africano. O filme “Falcão Negro em Perigo”, de 2002, retrata o trabalho da unidade de elite durante o conflito.
O resgate do capitão americano Richard Phillips, que foi sequestrado por piratas na Somália em 2009, também foi feito pelos SEALs e foi retratado no filme “Capitão Phillips”, de 2013.