vai gerar caos na economia mundial
Se a Rússia invadir a Ucrânia,
Putin vai pagar muito caro. E o Brasil também
A iminente invasão da Ucrânia pela poderosa força militar russa vai gerar um caos na economia mundial, com proporções similares aos da pandemia nos últimos dois anos.
Dias atrás, o presidente americano Joe
Biden subiu o tom e garantiu que a ofensiva causará um custo alto para
Vladmir Putin.
O problema é
que uma eventual guerra não terá um custo
alto só para o líder russo. Vejamos.
Como a Rússia é um dos maiores produtores de petróleo e gás de mundo, e
o principal gasoduto que abastece as residências e a indústria europeia
cruza o território ucraniano, pode-se esperar uma disparada dos
combustíveis em todo o mundo.
O barril do petróleo,
hoje próximo a US$
90, deve ultrapassar US$ 100 assim que o primeiro tiro na fronteira for
disparado. Por consequência, o frete, os alimentos e praticamente todos
os produtos – industrializados ou não – serão afetados pela guerra.
Além da inflação, a já desorganizada cadeia de suprimentos também será
afetada.
Ainda existem
alternativas para que um confronto armado seja evitado. O
pano de fundo do aumento das tensões está o descontentamento da Rússia
a uma possível entrada da Ucrânia na Organização dos Países do Tratado
do Atlântico Norte (Otan). Putin não quer ter um vizinho e ex-
território soviético sob influência direta dos Estados Unidos.
A Otan,
que reúne os países mais ricos do Ocidente, já se manifestou dizendo
que não cabe à Rússia indicar quem deve ou não fazer parte do grupo.
Vale recordar que a Ucrânia foi invadida pela Rússia na década passada,
quando Putin apoiou grupos separatistas na região da Crimeia, que foi
anexada pelos russos.
Enquanto um acordo não sai,
a Rússia posiciona mais de 100 mil soldados
na fronteira com a Ucrânia. E o Brasil torce – ou pelo menos deveria
torcer – para que as troca de ameaças não passe de um jogo de palavras.
Se a guerra ocorrer, não há dúvidas de que Putin vai pagar muito caro.
E todos nós também pagaremos.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, estão apresentando uma frente unida contra a pressão ocidental. Foto / AP[/caption]



