Putin, que tinha relação próxima com líder do Wagner, não foi a evento. Prigozhin morreu na última quarta-feira (23) após a queda de um jato executivo no norte de Moscou, segundo governo russo.

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, foi enterrado em segredo nesta terça-feira (29) em uma cerimônia restrita à família e aos amigos, afirmou o grupo mercenário em seu canal no Telegram.

Putin, que tinha uma relação bem próxima com Prigozhin, não foi ao funeral, segundo anunciou nesta manhã o porta-voz do Kremlin.

Prigozhin, segundo Moscou, morreu após o avião em que ele estava com outros membros do grupo Wagner cair na semana passada ao norte da capital russa. Uma investigação ainda apura as causas da queda.

“A presença do presidente não está prevista”, disse mais cedo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres quando questionado se Putin compareceria ao evento.

Ainda segundo o canal oficial do grupo Wagner no Telegram, o funeral ocorreu em um cemitério São Peteresburgo, onde Prigozhin nasceu e cresceu.

O comunicado do grupo Wagner reforça a tese de que Prigozhin de fato morreu no avião que caiu nos arredores de Moscou. Apesar de a agência civil de aviação russa confirmar que o nome dele estava na lista de passageiros, não houve um anúncio oficial da morte do líder mercenário até três dias depois, quando o instituto médico legal russo afirmou que análises de DNA indicaram que um dos corpos era dele.

Ainda assim, a família não havia se pronunciado confirmando ou não a morte.

O acidente ocorreu na última quarta-feira, dois meses depois de Prigozhin e seus mercenários terem organizado um motim contra os principais comandantes militares de Putin, no qual assumiram o controle da cidade de Rostov, no sul, e avançaram em direção a Moscou antes de recuar a 200 km da capital.

O Kremlin rejeitou chamando de “mentira absoluta” a sugestão veiculada internacionalmente de que Putin ordenou a morte de Prigozhin como vingança pelo motim.