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O poder sem povo!

Neste último final de semana comemoramos o sete de Setembro.

Para nós, brasileiros, uma data histórica, pois foi neste dia, há dois séculos, que Dom Pedro I proclamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo.

Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como um estado independente.

Prefiro usar a palavra “Estado” e não Nação, por um simples motivo, não considero o Brasil uma nação.

O conceito enciclopédico de nação diz que é o conjunto de pessoas que habitam o mesmo território, ligadas por afinidades culturais, linguísticas etc., seguem os mesmos costumes e obedecem às mesmas leis.

Creio que nação seja um pouco mais do que isso, talvez se continuássemos com o império e não tivesse ocorrido o “golpe” republicano, nos tornássemos uma nação.

Fato é que algo aconteceu, a continuidade histórica que unia o povo se perdeu!

Uma nação necessita de continuidade histórica com objetivos comuns definidos.

Uma nação de verdade se constrói assim, de geração em geração, contando os feitos, as glórias, as lutas, cultuando sempre a sua história, origem, que servem justamente como uma bússola norteadora para a compreensão da realidade, para o “povo”, a “gente”, saber quem são, de onde vieram e para onde vão!

O Brasil nunca conseguiu chegar a isso!

Foram séculos de sucessivos golpes, constituições, sistemas políticos e econômicos…

O que vimos desde o início da república é um poder sem povo, e um povo sem poder!

Nosso país é uma republiqueta,

rica em recursos naturais, abençoado por Deus e bonito por natureza, mas que beleza,

como diz a música País tropical de Jorge Ben Jor.

Governado por uma elite política e econômica que não irá permitir que algum dia nos tornemos Nação.

Esse último sete de Setembro mostrou isso!

O poder concentrado nas malditas “instituiçõessem povo (e pelo jeito nem precisam), e o povo sufocado, implorando por liberdade, mas sem poder nenhum, sem os meios de ação, esperando um milagre, um “Messias”.

E, com isso, encerro com aquela velha máxima, “liberdade não se ganha, se conquista”.

Mas, pelo visto, e se depender da nossa classe política, nada irá mudar, pois para muita gente ainda o que importa é que…

Em fevereiro (em fevereiro).

Tem carnaval (tem carnaval)…

Por Rodrigo Schirmer

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A efervescência patriótica que marcava a celebração da Independência do Brasil no governo de Jair Bolsonaro (PL) deu lugar a um cenário desértico nos gramados da Esplanada dos Ministério, neste sábado de 7 de Setembro no Brasil presidido por Lula (PT).
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros do governo e convidados participam do desfile da independência, na Esplanada dos Ministérios sem público
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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