Eleições na Venezuela
Nicolás Maduro vota em eleição presidencial e promete “reconhecer resultado”
Líder bolivariano busca reeleição em meio à acusações de perseguição de opositores

O líder venezuelano e candidato à reeleição Nicolás Maduro votou pela manhã neste domingo (28). Maduro foi a um colégio na capital, Caracas, poucos minutos depois de abrirem as urnas.
Em seguida, disse que a campanha presidencial na Venezuela foi livre e aberta, apesar das críticas internacionais de perseguição de opositores do líder bolivariano.
O único candidato perseguido fui eu, Nicolás Maduro Moros.
Perseguido internacionalmente, pelos poderes do mundo.
Teve paz. Nenhum incidente eleitoral.
Não deram nem um tapa em um candidato.
É assim em toda a América Latina?
Não.
Ontem, eu falei com delegados internacionais e me falavam de casos de outros países em que tem dezenas de candidatos assassinados.
Graças a Deus na Venezuela temos um país coeso e em paz, afirmou Maduro.
Nas últimas pesquisas de opinião, Maduro está atrás por mais de trinta pontos percentuais.
A jornalistas, Maduro prometeu reconhecer
o que quer que seja que os juízes eleitorais digam.
Não apenas reconhecerei, como defenderei o resultado.
Edmundo Gonzalez, o candidato da oposição, é um ex-diplomata de 74 anos conhecido pela sua atitude calma.
Gonzalez obteve o apoio até de alguns antigos apoiadores do partido no poder, mas a oposição e os observadores questionaram se a votação será justa, dizendo que as decisões das autoridades eleitorais e as detenções de funcionários da oposição têm como objetivo criar obstáculos.
Maduro – cuja reeleição em 2018 é considerada fraudulenta pelos Estados Unidos, entre outros – disse que o país tem o sistema eleitoral mais transparente do mundo e alertou para um “banho de sangue” caso perdesse.
O governo de Maduro foi marcado pelo colapso econômico e pela migração de cerca de um terço da população. Também houve uma acentuada deterioração nas relações diplomáticas, coroada por sanções impostas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e outros, que paralisaram uma indústria petrolífera já em dificuldades.
Maduro disse que garantirá a paz e o crescimento econômico, tornando a Venezuela menos dependente dos rendimentos do petróleo.
(Com informações da Reuters)
Eleição na Venezuela tem 42% de participação até as 14h, diz oposição;
Conselho Nacional Eleitoral, equivalente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não divulgou dados oficiais.
Eleição deste domingo (28) é a mais desafiadora para o chavismo em 25 anos, com o presidente Nicolás Maduro enfrentando o opositor Edmundo González em processo eleitoral com dúvidas sobre transparência e ameaças.
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CNN BRASIL