Ameaça - By Rodrigo Constantino
O sistema tem pressa… e criatividade!
Nas eleições municipais brasileiras, a esquerda petista levou uma surra
Já que os ministros do STF, em coro com a velha imprensa, falam tanto de “contexto”, vamos analisar o seguinte contexto:
Donald Trump teve uma vitória emblemática e acachapante nos Estados Unidos, levando Câmara e Senado além da maioria dos governos estaduais.
Na Argentina, ao lado do Brasil, Javier Milei vem fazendo um ótimo trabalho para consertar a lambança deixada pelos lulistas.
Nas eleições municipais brasileiras, a esquerda petista levou uma surra.
Eis aí o contexto: a direita avança, a onda conservadora é forte.
No Brasil, uma crise econômica está contratada por conta da irresponsabilidade de um desgoverno perdulário.
Em 2026, esse será o ambiente da disputa presidencial.
Além disso, Alexandre de Moraes sabe que poderá ser condenado em processos nos Estados Unidos.
Tem a estranha história de um documento adulterado ou forjado para prender Filipe Martins; tem as decisões arbitrárias contra as Big Techs durante as eleições, além da investida contra a Starlink de Elon Musk; existem denúncias de violações de direitos individuais de cidadãos americanos; e claro, as denúncias de abusos contra direitos humanos de presos do 8 de janeiro.
O sistema precisa justificar que fez tudo que fez – incluindo inúmeros crimes – para “salvar a democracia.
Mesmo que não haja qualquer ameaça concreta ao Estado de Direito – ao menos não uma vindo pela direita – é preciso criar uma
Quando surge um caso estranho de um sujeito que joga fogos de artifício e morre depois,
isso cai como uma luva para a narrativa de ameaça contra o Estado de Direito ou
grupos terroristas atentando contra a democracia.
Dias depois, vem essa história esquisita de militares que planejavam a morte de Lula, Alckmin e do próprio Moraes.
O episódio relatado pela PF é tão bizarro que desafia a lógica em alguns momentos.
Mauro Cid não tinha mais o que contribuir como delator para o sistema, já que as denúncias não se sustentavam: cartão de vacinas, joias etc.
Já havia especulação na imprensa de que ele voltaria para delatar “algo mais”, nem que fosse para usar a “criatividade”.
Aí vem essa onda de prisões de militares pela PF?
Fernão Lara Mesquita comenta:
Quatro dos militares de tropas especiais do exercito de altíssima periculosidade, posto que articularam um golpe que começava pelo assassinato por envenenamento (!!!) de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, foram presos no Rio de Janeiro, onde, – pasmem! – eram parte do esquema de segurança da reunião de cúpula do G-20!!!
Mesquita acrescenta:
De Joe Biden a Xi Jinping – passando especialmente pelo alvo de toda a trama, o próprio Luiz Inácio Lula da Silva – estiveram, portanto, com suas vidas sob altíssimo risco desde que começou o convescote internacional.
Pois é, acredite quem quiser!
Em suma,
temos aí o contexto do que acontece no país hoje:
jornalistas foram e seguem censurados pelo STF sem qualquer crime cometido,
vários bolsonaristas foram presos de forma arbitrária,
a plataforma que preserva a liberdade de expressão foi perseguida e seu dono, um americano bilionário, foi incluído em inquérito supremo,
e mesmo assim a direita avança.
O sistema precisa justificar que fez tudo que fez – incluindo inúmeros crimes – para “salvar a democracia”.
Mesmo que não haja qualquer ameaça concreta ao Estado de Direito – ao menos não uma vindo pela direita – é preciso criar uma, para dar um verniz de legitimidade ao verdadeiro golpe que destruiu nossa democracia.
Derrotamos o bolsonarismo, disse um ministro supremo.
Perdeu mané, não amola, disse o mesmo.
Mas o povo insiste em amolar,
então resta o sistema correr para ter pretextos para banir o bolsonarismo de toda disputa política.
O Brasil não é para amadores. Tampouco é um país sério…
Por: Rodrigo Constantino
Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”