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O Fim dos Tempos

OAB julga Ives Gandra Martins por suposta incitação a golpe

Jurista foi denunciado por conta de interpretação jurídica do artigo 142 da Constituição

A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional São Paulo (OAB-SP) julgará na próxima sexta-feira (8) um recurso contra o advogado e professor Ives Gandra Martins por suposta incitação de ações golpistas das Forças Armadas.

A representação foi apresentada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e pelo Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH).

A medida foi aberta pelas entidades por conta de uma questionário respondido por Gandra em 2017 sobre a “garantia dos poderes constitucionais”, referente ao artigo 142 da Constituição Federal.

O documento foi encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

O material encontrado no aparelho de Cid, por sua vez, é baseado em uma troca de e-mails, ocorrida em 2017, em que Gandra foi procurado pelo major Fabiano da Silva Carvalho, aluno do segundo ano da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), para responder questões sobre a “elucidação jurídica do que caracteriza a garantia dos poderes constitucionais”.

Em um vídeo publicado no Instagram nesta terça-feira (5), o jurista disse que não conhece Mauro Cid e que o major a quem escreveu a carta sobre sua interpretação do artigo nunca foi seu aluno, apenas um estudante a quem respondeu.

O advogado afirmou que, em 2017, não tinha como saber que Bolsonaro seria eleito e que a “baderna” do 8 de janeiro seria realizada em Brasília.

Segundo o advogado, as respostas têm “caráter estritamente constitucional” e não “inspiram, influenciam ou instrumentalizam a realização de um golpe de Estado”. Na publicação, Gandra também afirmou que não considera os atos de 8 de janeiro como um golpe.

– Sem armas, não pode haver golpe – disse o professor, que comparou o 8 de janeiro com atos de grupos de esquerda que vandalizaram o Congresso em 2006.

O documento que motivou a ação tem uma interpretação jurídica do artigo 142 da Constituição feita pelo professor, dispositivo que regulamenta o papel das Forças Armadas.

No ano passado, Gandra chegou a dizer que sua interpretação sobre a norma constitucional sempre foi deturpada.

– A minha interpretação do [artigo] 142 [da Constituição] sempre foi extremamente deturpada. É um dispositivo não para romper, mas para garantir a ordem democrática (…).

Se outros interpretaram incorretamente o que eu disse e escrevi, o que eu posso fazer? – afirmou o jurista em 2023 ao Blog do Fausto.

*AE

 

Link original da matéria:
PLENO NEWS

 

 

 

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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