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Entrevista esperada

“Filme sobre Moraes ajuda a impedir prisão de Bolsonaro”, garante Sérgio Tavares

É um documentário em língua inglesa para que o mundo saiba o que se passa por aí.

O jornalista português Sérgio Tavares anuncia o documentário “The fake judge: The story of a nation in the hands of a psychopath” (“O falso juiz: a história de um país nas mãos de um psicopata”), sobre o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o documentarista, o longa foi gravado em dez países e narrado em inglês, “para que o mundo saiba o que se passa no Brasil”.

 

Com estreias marcadas para 6 de agosto, em Lisboa, e 9 de agosto, nos Estados Unidos, e liberação online e gratuita a partir de 10 de agosto, a obra aborda, de acordo com ele, o voto impresso, a atuação do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, censura, perseguições, interferência externa e o papel das redes sociais e da imprensa.

Em conversa com a coluna Entrelinhas, Tavares detalha por que acredita que “um brasileiro seria preso ou morto” se fizesse esse filme e antecipa o plano do “Fake Judge 2”, em 2026, focado em Gilmar Mendes.

Entrelinhas:

O filme vai estrear com um atraso de dois meses. Os acontecimentos mais recentes serão incluídos?

Sérgio Tavares:   Ainda bem que atrasou dois meses, porque assim o documentário já vem atualizado com as últimas atrocidades que foram acontecendo no Brasil.

É um documentário em língua inglesa para que o mundo saiba o que se passa por aí.

Entrelinhas: Você disse que o documentário superou suas expectativas. Em que sentido?

Sérgio Tavares:   Saiu muito melhor do que eu esperava. Eu fico arrepiado de ver. Acredito que ajudará a impedir a prisão de Bolsonaro e que ajudará a colocar Alexandre de Moraes um dia atrás das grades.

Entrelinhas: Que formato você escolheu e o que o público vai encontrar no documentário?

Sérgio Tavares: É um filme que faz uma cronologia dos acontecimentos de 2021 a 2025.

Expõe Alexandre de Moraes e muitos outros ministros, além da relação com o Partido dos Trabalhadores, um partido com ligações criminosas e um passado de corrupção.

Dos 11 ministros, sete foram indicados pelo PT, então é um poder judicial completamente minado por um partido de esquerda que tirou Lula da cadeia para colocá-lo na presidência.

Entrelinhas: Por que começar em 2021? Qual é o marco?

Sérgio Tavares: Porque houve um momento-chave: o boicote ao voto impresso, uma sabotagem do STF e do TSE feita pelo ministro Barroso. Sem voto material, não há como comparar o que saiu das urnas eletrônicas com o papel.

Entrelinhas: Em seguida, o que entra na cronologia?

Sérgio Tavares: Perseguições, tratamento desigual do TSE na campanha eleitoral, censura, interferência externa da USAid, o papel das redes sociais e da imprensa para virar o tabuleiro a favor de Lula e afastar Bolsonaro da presidência.

Entrelinhas: Por que você viajou a dez países para produzir o documentário sobre o Brasil?

Sérgio Tavares: Porque fui atrás de especialistas em eleições e de países que abandonaram as urnas eletrônicas sem comprovante, como Índia e Alemanha.

Os responsáveis por esse processo testemunham e dizem que foram obrigados a abandonar esse modelo porque não cumpria a Constituição.

Entrelinhas: Você aponta uma diferença estrutural entre esses países e o Brasil. Qual é?

Sérgio Tavares: Na Índia e na Alemanha, a Suprema Corte não gerencia as eleições. No Brasil, o STF gerencia as eleições vestindo a toga do TSE. Isso é uma aberração.

Entrelinhas: Você costuma falar em “percurso promíscuo” de Alexandre de Moraes. Como isso aparece no filme?

Sérgio Tavares: Mostro que ele foi colocado na política pelas mãos de Geraldo Alckmin e de Lula da Silva.

Eles pegaram um advogado e o levantaram para a política. Curiosamente, foi Alexandre de Moraes que depois os colocou no poder.

Entrelinhas: O 8 de janeiro é ilustrado no filme?

Sérgio Tavares: Sim. Após o que considero golpe eleitoral, abordo a cilada do 8 de janeiro e a questão dos refugiados políticos.

Entrelinhas: Por que você afirma que esse documentário “não podia ser feito por nenhum brasileiro”?

Sérgio Tavares: Porque fala explicitamente de corrupção, de narcotráfico, redes criminosas. Se fosse feito por um brasileiro, ele seria preso ou morto.

Tinha que ser alguém estrangeiro, com disponibilidade para viajar um ano e meio, percorrer dez países, gastar mais de 50 mil euros, ter conhecimento profundo do Brasil e sentir na pele a perseguição, como eu senti.

Entrelinhas: Esse filme é resultado de uma promessa?

Sérgio Tavares: Quando fui detido na Avenida Paulista, perante um milhão de pessoas, em lágrimas, prometi que ia levar o grito de revolta do povo brasileiro ao fim do mundo. Estou fazendo isso.

Entrelinhas: Você afirma que Alexandre de Moraes não conseguirá censurar esse filme. Outras produções já foram censuradas no Brasil. Como garante que isso não se repetirá?

Sérgio Tavares: Porque o meu canal é europeu, está em servidor europeu, é intocável.

Nenhuma ordem judicial de Alexandre de Moraes aqui conta.

E não só será transmitido no YouTube, como semanas depois no Facebook, Instagram, X e Rumble.

Será impossível silenciar.

Entrelinhas: O que planeja documentar sobre Gilmar Mendes, especificamente, a partir do próximo filme?

Sérgio Tavares: Gilmar Mendes será o alvo do Fake Judge 2, em 2026, apenas focado nele e nos seus negócios obscuros.

Com toda a riqueza que garantiu, conseguiu comprar tudo e todos.

Por Mariana Braga
Mariana Braga é jornalista formada pela UFPR, com mestrado pela École Normale Supérieure de Lyon, na França.

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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