Análise, prevista para 31 de maio.
Moraes libera método de aborto que tinha sido proibido pelo CFM
Ministro suspendeu proibição da assistolia fetal, procedimento feito em casos de estupro e gestação de mais de 22 semanas
Nesta sexta-feira passada(17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu a decisão que impedia médicos de realizarem assistolia fetal, método utilizado em abortos legais com gestações de mais de 22 semanas, decorrentes de casos de estupros.
O procedimento ocorre por meio de injeção de substâncias que fazem com que o coração do bebê pare. Posteriormente, ele é retirado do útero.
A prática havia sido suspensa por uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Entretanto, a pedido do PSOL, Moraes derrubou a resolução do CFM, alegando que trata-se de abuso de poder regulamentar.
– Verifico, portanto, a existência de indícios de abuso do poder regulamentar por parte do Conselho Federal de Medicina ao expedir a Resolução 2.378/2024,
por meio da qual fixou condicionante aparentemente ultra legem para a realização do procedimento de assistolia fetal na hipótese de aborto decorrente de
gravidez resultante de estupro – disse Moraes.
O magistrado também afirmou que a decisão do Conselho vai na contramão de recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e standards científicos.
O ministro ainda menciona “
estrição de direitos não prevista em lei e criação de embaraços concretos e significativamente preocupantes para a saúde das mulheres
A decisão de Moraes, contudo, ainda terá de passar por análise da Corte, prevista para o dia 31 de maio.
Até lá, o procedimento estará autorizado.
Link autorizado
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