Enfim encerradas as eleições
As lições das eleições municipais de 2020
Ou como ter de bater num amigo
Passadas as eleições municipais, que definem a base de sustentação política da República Federativa do Brasil, é possível observar algumas coisas:
1 – A esquerda mais radical não conseguiu mobilizar os instrumentos do neo- anarquismo, resultando em eleições sem incidentes de “protestos”. Isso não significa que o neo-anarquismo não se movimente em 2021 e 2022.
2 – O grande cabo eleitoral foi sem dúvida o Covid-19 que segurou os eleitores em casa, auditou com veemencia as ações dos candidatos à reeleição de prefeito e não permitiu que figuras novas crescessem, ou seja, houve uma tendência a não se querer deixar que “desconhecidos” crescessem politicamente.
3 – A grande estrela da esquerda no Brasil nos últimos 30 anos se apagou e isso é ruim politicamente para a direita brasileira, ainda não consolidada no poder, pois é mais fácil ter um oponente para bater do que amigos dentro de casa para expulsar da festa.
4 – As apostas do atual governo federal terá de ser apostar na recuperação da economia não aos níveis pre-pandemia (pois ja estava muito ruim) mas superando em muito, impulsionando a abertura de empregos e gerando riqueza. A solução fácil de redistribuir renda em novos e expansivos programas de “bolsa isso bolsa aquilo” só é possível por aumento ou criação de impostos, mas o brasileiro classe média já está cansado disso.
5 – Quem ganhou foi exatamente quem nunca deixou o pódio no Brasil e a quem o governo federal terá de recorrer e aliar-se definitivamente, pois não tem ainda um “partido pra chamar de seu” e mesmo que consiga terá muito pouco tempo para mostrar serviço.
Enfim, os próximos dois anos serão muito complicados, mesmo com a diminuição da pandemia que se espera acontecer até o final de 2021.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
By Coronel Intendente R1 Carlos Marcelo C. Fernandes.
Mestre em Planejamento, Orçamento e Gestão Pública. Mestre em Logística Empresarial é colunista no Portal 7Minutos
Passadas as eleições municipais, que definem a base de sustentação política da República Federativa do Brasil. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Foto: José Cruz / Agência Brasil[/caption]
Carlos Marcelo Cardoso FernandesCoronel Intendente da Reserva da Força Aérea, é Administrador de Empresas com atuação por mais de 22 anos na Administração Pública Federal. É Auditor Interno, Historiador e um cidadão brasileiro e colunista do Portal 7 Minutos.[/caption]
