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EFE - PANAM Post

Brasil se coloca no mesmo patamar das ditaduras da região com visita do chanceler russo

O presidente Lula da Silva se junta a Nicolás Maduro, Miguel Díaz-Canel e Daniel Ortega ao permitir a influência de Vladimir Putin e outros autoritarismos amigáveis, como China e Irã, sobre a América Latina.

De Brasília, o chanceler Sergei Lavrov aproveitou para culpar os EUA pela guerra na Ucrânia.

 

Não há mais dissimulação

no posicionamento que os grandes inimigos dos Estados Unidos (Rússia, China e Irã) querem alcançar dentro da América Latina e Caribe.

Em janeiro

deste ano, o ditador venezuelano Nicolás Maduro falava em criar

“uma nova geopolítica regional”.

Em fevereiro,

o chanceler iraniano visitou a região dias antes de os navios de guerra de Teerã atracarem em portos brasileiros a caminho do Canal do Panamá.

E em março,

Honduras rompeu relações com Taiwan para torná-las oficiais com a China

Esses não são os únicos eventos em torno de amizades cada vez mais próximas entre autoritarismos ocidentais e orientais.

A história é mais longa.

No entanto, nos últimos dias, mais coisas estão acontecendo. E é que às ditaduras da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua se juntam as do Brasil em termos de clientelismo.

Ou seja,

o presidente Luiz Inácio Lula da Silva clareia dia após dia não apenas suas ligações com os países de esquerda da América Latina, mas também constrói pontes com seus aliados do outro hemisfério.

A prova mais recente

é a visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, ao Brasil. Ele garantiu neste 17 de março que os governos de Lula da Silva e Vladimir Putin “têm uma visão única” em relação à guerra na Ucrânia e que a intenção de Brasília é “ajudar a uma solução pacífica”, por meio de um “grupo de países ” que permite promover “um cessar-fogo imediato”.

Além disso,

Lavrov não deixou de culpar o Ocidente -especialmente os Estados Unidos- por uma guerra que Moscou iniciou em fevereiro de 2022 para “desnazificar” o país vizinho.

A retórica coincide com o que Lula disse dias atrás da China.

Os perigosos passos de Lula
É possível fazer uma breve retrospectiva da trajetória diplomática de Lula da Silva nos poucos meses em que está à frente do Brasil em seu terceiro mandato. Entre janeiro e fevereiro do ano passado, estourou o escândalo sobre a permissão que ele deu para a chegada dos navios de guerra iranianos, Makran e Dena, ao porto do Rio de Janeiro. Até representantes de seu governo participaram de uma festa a bordo .

Em 4 de abril,

o assessor de relações exteriores do Brasil, Celso Amorim, encontrou-se com Putin na Rússia, onde discutiram a guerra. Quase dez dias depois, Lula viajou à China para deixar claro como funcionará sua política externa. Em entrevista naquele país, ele elogiou o modelo do Partido Comunista Chinês, culpou os EUA por “incentivar” a guerra na Ucrânia e questionou por que “todos os países têm que basear seu comércio no dólar”. Agora, está ocorrendo a visita do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Como retratou o Centro para uma Sociedade Livre e Segura

há um mês ,

“a coordenação entre Rússia, Irã e China na América Latina está se tornando cada vez mais perigosa, apesar do fato de que aparentemente agem de forma autônoma”.

É aí que entra o presidente brasileiro Lula da Silva. O VRIC – Venezuela, Rússia, Irã, China –

“está aproveitando a virada da América Latina para a esquerda radical, ocupando espaços geopolíticos negligenciados”.

Não é por acaso

que Lavrov culpa o “Ocidente e a OTAN” pela invasão da Ucrânia. O tapete também é estendido do país latino-americano para Putin, Xi Jinping e Ebrahim Raisi fazerem suas coisas.

A história do Brasil,

posicionado no mesmo patamar das ditaduras da região em termos de vínculos com o autoritarismo oriental, está longe de terminar. No momento, em frente ao consulado russo, há protestos. Paralelamente, desde Portugal organizam uma manifestação contra Lula da Silva pela sua viagem a Lisboa.

“Parece que escolheu o lado do regime totalitário, o lado dos agressores”,

declarou o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal.

Você tem razão.

By: Oriana Rivas – PANAM Post

Link original da matéria:
https://panampost.com/oriana-rivas/2023/04/17/brasil-se-pone-al-mismo-nivel-de-las-dictaduras-de-la-region-con-visita-de-canciller-ruso/

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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