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Ex-chefes da Abin: “Equipe de GDias facilitou entrada de manifestante”

Em diálogo privado no WhatsApp, cúpula da Abin à época do 8 de Janeiro disse haver “hipótese forte de coordenação” entre GSI e manifestantes

Em diálogo privado no WhatsApp, a cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), à época do 8 de Janeiro,

disse haver hipótese forte
de que a equipe do Gabinete de  Segurança Institucional da Presidência, chefiada por Gonçalves Dias, tenha facilitado a entrada de vândalos no local onde armas eram guardadas no Palácio do Planalto.

A conversa se dá entre o então chefe da Abin, Saulo Moura da Cunha, e Leonardo Singer, que estava à frente da Secretaria de Planejamento e Gestão da agência.

No diálogo, ocorrido horas após as invasões, Saulo demonstra temor de que a atuação da Abin viesse a ser questionada.

Inicialmente, o então chefe da Abin pede a Singer para fazer um levantamento de todos os alertas enviados pela agência, ao GSI e a outros órgãos públicos, na véspera do 8 de Janeiro.

Depois, avalia:  Cara. Estamos cobertos.

Singer, então, responde: “A princípio, sim. Precisamos agora apresentar aquele material ao GDias. E outra: de alguma maneira temos que dizer a ele que alguém(s) da equipe dele facilitou a entrada dos manifestantes nos recintos onde armamento estava armazenado. Não é fácil entrar e nem é fácil achar isso”.

Em seguida, complementa o raciocínio:

Uma hipótese forte é coordenação entre gente do GSI e gente da manifestação.

Claro, insinuar isso [ao GDias] com muita leveza e sabedoria, preservando os próprios c*s,

disse Singer. Saulo concordou: Isso.

Ambos deixaram os cargos que ocupavam na reestruturação feita na Abin por determinação de Lula.

GDias soube do risco de invasões 2 dias antes

Como a coluna mostrou nesta quinta-feira (17/8), o próprio GDias encaminhou de seu celular, ao então diretor da Abin, dois dias antes dos atos, mensagem de extremistas que planejavam manifestações violentas.

Em seguida, contudo, o então chefe do GSI ignorou alertas enviados por Saulo ao longo dos dias 6 e 7 e só retomou contato no dia 8.

Na véspera dos ataques,

Saulo e Singer se mostraram preocupados com o aumento de manifestantes em Brasília. Em troca de mensagens, o então chefe da Abin pede a Singer que mantenha contato com Marília Ferreira Alencar, subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Na ocasião, a Abin emitiu 12 alertas a autoridades públicas, GDias estava entre elas.

Ex-chefe do GSI, GDias passou a ser oficialmente investigado pelos atos antidemocráticos, nesta quarta-feira (16/8), após decisão do ministro do STF Alexandre de Morae

Por; Paulo Cappelli

 

GDias disse à CPI do DF não ter tido conhecimento de risco de atos violentos, mas ele próprio alertou a Abin Breno Esaki/Metrópoles
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Alexandre de Moraes determinou inclusão de GDias no inquérito que apura atos golpistas Igo Estrela/Metrópoles
GDias Augusto Heleno   Antes de se complicar, GDias disse a aliados que invasão ao Planalto teve “DNA de Heleno” Marcos Corrêa/PR
GDias     GDias no Planalto no dia das invasões Reprodução
General Amaro, sucessor de GDias no comando do GSI Paulo Cappelli / Metrópoles
GDias Lula GSI     GDias toma posse ao lado de Lula. General foi exonerado após 8/1 Ricardo Stuckert/Divulgação
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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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