Congresso Nacional
Relator no Conselho de Ética vota por cassação de Glauber Braga
Deputado do PSOL é alvo de procedimento na Câmara por agressão a militante do MBL

O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), relator de representação contra Glauber Braga (PSOL-RJ), votou nesta quarta-feira (2) pela cassação do parlamentar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Ele disse entender que houve quebra de decoro de Braga por agressão a um militante do MBL (Movimento Brasil Livre) na Casa, em abril do ano passado.
A votação foi interrompida por um pedido de vista do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), aliado de Glauber.
O relatório deve ser votado na próxima sessão e, se aprovado, segue para o plenário da Câmara, que decidirá sobre eventual cassação de mandato.
🚨URGENTE – Esquerda vai a loucura com a cassação do mandato de Glauber Braga do PSOL! pic.twitter.com/UeJFJvZy5a
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) April 2, 2025
A sessão do Conselho de Ética foi acompanhada por apoiadores do deputado do PSOL, que portavam adesivos e faixas com a inscrição “Glauber fica”.
Usei todas as ferramentas que estavam à minha disposição nesse processo para mostrar o que é o MBL,
quem é [o ex-presidente da Câmara] Arthur Lira e denunciar o orçamento secreto. Tô preparado para o que vier, disse o deputado psolista no X, antigo Twitter.
No ano passado, Glauber abriu mão de testemunhas no processo do conselho. À época, justificou suas decisões dizendo que a situação passou dos limites. Ele afirmou que se emocionou com a oitiva da colega parlamentar Luiza Erundina (PSOL-SP) ao conselho.
Se hoje me emocionei de maneira profunda com ela no Conselho de Ética, eu não queria, nesse momento, estar decepcionando a deputada Luiza Erundina.
Mas tudo tem um limite. E esse processo que se arrasta durante todo esse tempo para mim já foi o suficiente”, disse.
Braga é julgado por agredir o militante do MBL Gabriel Costenaro e trocar empurrões com o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) em abril do ano passado.
Na ocasião, o psolista chutou Costenaro e o expulsou das dependências da Câmara.
Os dois seguiram discutindo no estacionamento do anexo 2 da Câmara e, após serem separados, foram levados para prestar depoimento no Departamento de Polícia Legislativa da Casa.
Nesse momento, Braga e Kim Kataguiri também discutiram.
O deputado do PSOL chamou o colega de “defensor de nazista”, e o deputado do União Brasil levantou o dedo contra ele. Na sequência, os dois trocaram empurrões.
Por que a demora para cassar o Glauber Braga? pic.twitter.com/aZUCDeSFp8
— Norberto J. Sarilio (@BentoCarneiro9) April 2, 2025
No seu voto, Magalhães apontou que “a conduta praticada pelo deputado Glauber Braga não estaria acobertada pela legítima defesa, uma vez que o Código Penal estabelece que entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão”.
“O histórico de provocações anteriores de Gabriel Costenaro contra o representado [Glauber Braga] e seus companheiros de partido não autorizaria a violência física”, afirmou.
Em sua defesa, Braga afirmou que o relatório pedindo sua cassação foi encomendado pelo ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
“O relator, em seu desespero de agradar quem de fato escreveu o relatório, nem disfarçou.
Quem escreveu seu relatório foi o senhor Arthur Lira. Esse processo desde o início tentou blindar o ex-presidente da Câmara e com relatório já previamente preenchido”, disse.
Por: Lucas Marchesini & Marianna Holanda
🚨URGENTE – Relator vota pela cassação do mandato do deputado do PSOL, Glauber Braga, e é chamado de “desgraçado” enquanto proferia seu voto pic.twitter.com/ivogp7r5bE
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) April 2, 2025
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