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Análise

Sob pressão, Lula começa a encarar a realidade negativa de seu governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se aproxima da metade do mandato sob fortes pressões.

A maior delas vem do cenário econômico, que cobra ações concretas e urgentes para evitar o colapso fiscal e o agravamento de indicadores como juros e câmbio.

No âmbito internacional, as falhas da política externa deixam o Brasil cada vez mais isolado e descreditado. Já no contexto doméstico, as elevadas apostas que fez nas eleições municipais e possíveis derrotas indicam que o presidente terá de assimilar e adaptar-se aos novos reveses nas urnas.

Como as pressões vêm do mercado, da geopolítica e do eleitorado – e não de rivais políticos específicos – Lula só pode recorrer à própria consciência em um processo de confronto com a realidade.

Isso porque o líder máximo do PT não se submete aos conselhos de assessores nem às vontades de seu próprio partido e de aliados.

Assim, ele corre risco de insistir nos próprios erros, ampliando perdas em razão de uma autoconfiança excessiva.

Em discursos e entrevistas recentes, Lula tem demonstrado irritação e certa intenção de rechaçar qualquer sinal de fraqueza política, apesar do momento desfavorável a seus planos iniciais.

Essa resistência, no entanto, pode dar lugar à revisão pragmática de atitudes, com a adoção de medidas impopulares para reverter a gravidade do horizonte da economia.

Por:  Sílvio Ribas

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  • Gildo Ribeiro

    Gildo Ribeiro é editor do Grupo 7 de Comunicação, liderado pelo Portal 7 Minutos, uma plataforma de notícias online.

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