Já È RESPONSAVEL PELA MÁ IMAGEM
Temor pela imagem da Força Terrestre: General Chefe do Estado-Maior do Exército é “alertado” de possível condução coercitiva por se negar a depor em caso Marielle
Nunes foi o responsável por "bancar" a indicação de Rivaldo para a chefia da Polícia Civil
O general Richard Fernandez Nunes, Chefe do Estado-Maior do Exército desde abril deste ano, estaria sendo pressionado a depor ao STF (Supremo Tribunal Federal) como testemunha de Rivaldo Barbosa.
As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, divulgadas nesta quinta-feira, 19 de setembro.
Rivaldo é ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro e está preso sob suspeita de ter ajudado a articular e acobertar o assassinato da vereadora Marielle em março de 2018.
Segundo publicação de Lauro Jardim, Nunes foi o responsável por “bancar” a indicação de Rivaldo para a chefia da PC na véspera da morte de Marielle e teria contrariado, inclusive, uma indicação em sentido contrário feita pela inteligência da Civil.
Ainda de acordo com Lauro Jardim, o general teria dito à PF que o histórico de serviços do delegado teria se sobressaído à contraindicação feita pela área de inteligência e que costuras políticas não estariam por trás da escolha.
Durante a investigação, Nunes já teria sido ouvido por policiais federais em 2023.
Mas o general estaria evitando comparecer diante do Supremo Tribunal Federal para repetir as declarações.
Segundo o colunista, um auxiliar de Richard Nunes disse à defesa de Rivaldo, por telefone, que Chefe do Estado-Maior do Exército já prestou esclarecimentos e que a presença dele poderá comprometer a imagem da Força Terrestre.
A negativa e a justificativa teriam sido repassadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Apesar dos esclarecimentos, os advogados de Rivaldo estariam insistindo para que Nunes deponha a favor do ex-chefe da Polícia Civil já que as declarações à PF não têm poder testemunhal, devendo ser feitas perante o Judiciário.
Os advogados também pediram ao ministro que alerte Nunes sobre a possibilidade de condução coercitiva até a oitiva, em razão da recusa.
Por: Campos
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REVISTA SOCIEDADE MILITAR