Cedido pela Vitória Motors, da cidade de Anápolis, o veículo escolhido foi um BYD Seal.

O Seal é um veículo que confunde até mesmo os compradores. Seu design externo, com características de veículo esportivo, cara amarrada e linhas fluidas, e seu 0 a 100 km/h em poucos segundos, remetem a um esportivo.

Já sua dirigibilidade, rodar silencioso, suspensão e velocidade limitada a 180 km/h remetem a um sedã médio, gostoso de dirigir.

Os números do veículo são impressionantes.

Dois motores elétricos, um em cada eixo, impulsionam mais de duas toneladas, levando-o de 0 a 100 km/h em incríveis 3,8 segundos.

Uma arrancada de Porsche.

Somados, oferecem 531 cv, com torque de 60,2 kgfm. Tudo isso com uma tração AWD que distribui automaticamente a necessidade de tração pelas rodas.

Início da Viagem

O trajeto escolhido para o teste foi uma viagem de Anápolis-GO a Uruaçu-GO. Escolhemos dois caminhos diferentes a fim de testar, principalmente, a autonomia, afinal, são diferentes relevos e tráfegos.

Para cumprir o primeiro trajeto, passamos pela BR-153, uma rodovia com bastante trânsito pesado e pista simples.

Seguimos o fluxo, ou seja, com pequenos trechos na velocidade máxima da via e muitos trechos com ultrapassagens que exigiam do veículo.

Percorremos o primeiro trecho de 143 km até a cidade de Ceres-GO, com um consumo de 27% de bateria. Em cálculos brutos, isso mostrava uma autonomia de 500 km.

Segundo Trecho

O trecho entre Ceres-GO e Uruaçu-GO é de 107 km.

Nesse trecho, conseguimos manter uma velocidade mais constante, que nos permitiu inclusive usar o piloto automático, sempre respeitando a velocidade máxima da via.

Chegamos a Uruaçu com 47% de bateria. Foram 250 km percorridos no total, com 53% de bateria consumida. O que nos permitia dizer que, com uma pequena recarga, conseguiríamos retornar ao nosso destino, afinal, ainda tínhamos 47% de carga.

O Retorno

Na volta, escolhemos passar pelas BR-080 e BR-414.

Infelizmente, próximo a Barro Alto-GO, ocorreu um grave acidente com três óbitos.

Ficamos cinco horas para percorrer 8 km, comprometendo a viagem. Com o calor de 33°C, não era possível desligar o ar-condicionado.

O tráfego lento com o ar ligado fez a bateria cair para menos de 25%.

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De Valeriano Sahium