Em cartaz nos cinemas
Avatar 2 teve US$ 435 milhões de bilheteria na estreia; veja o que achamos do filme
Está pensando em ir ao cinema para assistir 'Avatar: O Caminho da Água'? O cine Prime te aguarda

Veja se vale a pena pagar o ingresso
“Avatar: O Caminho da Água”
chegou aos cinemas no último dia 15, com uma pressão milionária nas costas: alcançar — de preferência, ultrapassar — seu antecessor em bilheteria.
O resultado parece estar indo bem, posto que a estreia mundial do filme já alcançou
US$ 435 milhões em bilheteria.
Mas ainda há uma intensa
jornada para que o trabalho de James Cameron chegue aos US$ 2,922 bilhões que o primeiro Avatar conquistou, em 2009.
E a pergunta que não quer calar é:
será que o segundo filme da franquia tem qualidade e enredo bons o suficiente para atingir um novo recorde?
A crítica tem dividido opiniões
sobre o roteiro, enredo e qualidade técnica de “Avatar: O Caminho da Água”.
O longa-metragem segue, no entanto, bem avaliado pelo público geral, com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes — site popular de avaliação geral de séries e filmes.
Mas será que é bom mesmo?
Forte enredo e personagens marcantes
Para quem pensou que o segundo Avatar seria uma sombra do primeiro, vem aí uma grande revelação: a sequência da franquia teve um trabalho minucioso para apresentar novos personagens — em especial para a família de Jake Sully.
Se boa parte dos filmes se
“perde” em trazer familiares ou muito parecidos, sem uma personalidade própria, ou propositalmente distantes, “Avatar: O Caminho da Água” consegue quebrar o paradigma clichê da hereditariedade.
Os filhos de Sully são únicos,
têm personalidades marcante e, ao mesmo tempo, traços dos pais — o que justifica, talvez, os 13 anos de espera entre um filme e outro.
Para além da família principal, Cameron também consegue explorar a nova tribo de Na’vis, sua cultura e costumes a uma nova geração de protagonistas.
Para ver de bexiga vazia
Com mais de três horas de duração e mais de 80% das cenas na água, há quem tenha perdido pedaços do filme no cinema para ir ao banheiro.
Fica aqui a dica: ir ao banheiro antes do início da sessão.
Apesar de extenso,
a duração de “Avatar: O Caminho da Água” é justificável: são muitas as cenas que mostram o desenvolvimento da família de Sully, além da cultura de uma nova espécie de Na’vis.
Longe de ser maçante,
o conteúdo também traz um foco especial na fotografia e direção de arte: o segundo Avatar é visualmente belíssimo — o que faz as três horas passarem mais rápido.
Se em 2009 o público já havia se encantado com Pandora dentro das florestas, debaixo d’água, a Lua consegue ser ainda mais deslumbrante.
A importância do respeito à família e ao meio ambiente
O primeiro filme da franquia já tinha como prioridade o respeito ao meio ambiente, à cultura de um povo e de seus costumes. O segundo filme, no entanto, acrescenta uma nova camada a essa predileção.
Entre as várias abordagens emocionais
de “Avatar: O Caminho da Água”, há uma clara consideração dos familiares mais velhos, como de costume, mas também dos pais para com seus filhos.
A concepção de respeito desafia a ordem natural e consolidada de hierarquia familiar, além de explorar os limites do aprendizado entre irmãos, pais e filhos.
Mas esse respeito social
não para só na família: ele se expande para o ambiente em que os personagens estão, seja ele na floresta ou dentro da água. O respeito com o meio ambiente, em especial com a fauna, é um dos pontos mais fortes do filme.
E falando em respeito…
Outra camada que traz uma dimensão ainda mais bela para o segundo filme da franquia é o profundo e absoluto respeito às personagens femininas, comemorando o que há em cada uma delas de força, virtude e personalidade.
Todas as mulheres do filme trazem um traço evidente de força, cada uma a sua maneira, uma forma bastante inteligente de abordar o papel das personagens na trama, em Pandora e dentro das famílias nas quais estão inseridas.
Vale ficar atento
a como Cameron trouxe uma nova dimensão ao conceito de gravidez, de como devem se portar as mulheres grávidas, quais são seus limites e suas preferências.
A calmaria e a aflição da água
O segundo filme da franquia não se chama “Avatar: O Caminho da Água” à toa.
Com o objetivo de levar o mundo de Jake Sully para debaixo d’água, James Cameron usou o ambiente aquático como um real personagem da trama.
Por meio dela,
é possível sentir a tranquilidade do silêncio submerso, da flora e da fauna do oceano. Ao mesmo tempo, a água também traz a aflição, a ansiedade, o desespero de prender a respiração por muito tempo.
Há vários momentos de tensão durante o filme, muito transmitidos pelo ambiente. Há cenas para prender a respiração, cenas para relaxar com a vida marinha, cenas que ficam entre a vida e a morte, em uma mistura de sentimentos dispostos em um roteiro com fôlego e espaço para cada uma das emoções propostas.
A dualidade do ser humano
Já reconhecido no primeiro Avatar, o ser humano é um ponto de antagonismo na franquia de Cameron.
Neste segundo filme, entretanto, o diretor traz uma dualidade quase palpável ao público: a convivência interna entre a ambição, crueldade, empatia e reciprocidade.
O “vilão” e sua motivação
para Pandora talvez tenha sido uma escolha pouco criativa, ainda que traga um ponto importante para a história. Porém, a relação dele com os nativos — e com um personagem em especial — muda toda a trajetória do filme, além de abrir precedentes para os próximos da franquia.
O público pode esperar claras referências
a outras obras cinematográficas mundialmente reconhecidas, mas há espaço para inspiração até mesmo literária — fica a dica aos leitores de “Moby Dick”.
Mas e aí, vale a pena ver no cinema?
A palavra final da EXAME POP, com um olhar do espectador comum em uma crítica não especializada, é unânime:
“Avatar: O Caminho da Água” vale o preço do ingresso e, para ser apreciado em sua máxima experiência, precisa ser visto em uma tela gigante.
Adquire seu ingresso digital e não pegue fila no Cine Prime:
https://tenhaseuingresso.com/filme/avatar-2-o-caminho-das-aguas/
Tomorrow the wait ends. New trailer for #AvatarTheWayOfWater debuts on @GMA. pic.twitter.com/4jPI4LopPO
— 20th Century Studios (@20thcentury) November 1, 2022
O filme pode ser visto em 3D para uma maior imersão.
No entanto, a falta desse recurso não traz impacto negativo ao público: a construção das imagens é uma experiência que vai além do óculos.





