Ao assistir o documentário Let It Be, algumas coisas se destacam.

Um é o famoso final, no qual os Beatles fazem sua última apresentação ao vivo no telhado do prédio da Apple. Aliás, também digna de nota é a energia que Billy Preston traz depois de vários ensaios sem inspiração no início do filme.

Claramente, o Fab Four (mais Yoko Ono) não gostou de fazer o filme, especialmente no começo.

A discussão entre Paul McCartney e George Harrison (que aparece no longa) fez com que George saísse da banda temporariamente em janeiro de 1969.

Depois que George concordou em voltar, a banda mudou as datas de gravação (originalmente chamadas de sessões Get Back, que seria o nome do disco) para Abbey Road, pois antes as gravações eram feitas em um estúdio na cidade de Twickenham.

Na transição, eles pareciam perder o interesse em algumas das músicas que começavam a ensaiar. O mau estar era evidente.

Uma dessas faixas era “The Long and Winding Road”, uma balada lendária.

Embora tenha sido o último single dos Beatles a chegar no top 1 na América, Paul não gostou do que a música havia se tornado antes de seu lançamento.

Paul odiava as mudanças de Phil Spector em ‘The Long and Winding Road’

A separação dos Beatles foi um assunto controverso em muitos aspectos.

E, curiosamente, o lançamento final do grupo (Let It Be) foi lançado já sem a participação de vários membros da banda.

Para começar, John Lennon não tocou na música de George Harrison, I Me Mine, a última faixa que o resto do grupo gravou.

A gota d’água para McCartney foi a inclusão de Phil Spector como produtor do disco que viria a ser “Let It Be”. McCartney queria que o produtor fosse George Martin, com quem o grupo já estava mais acostumado a trabalhar.

Mas Martin já não mais demonstrava muito interesse em produzir um disco da banda, já que a relação entre os quatro era completamente conturbada.

Embora Paul tenha aprovado o disco originalmente para ser lançado, ele pensou duas vezes depois de ouvir novamente o trabalho de Spector, principalmente na faixa “The Long and Winding Road”.

Ele se irritou com a ideia de “vozes femininas em um disco dos Beatles”, exigiu que Spector tocasse a orquestração/coro e disse que a harpa no final deveria ser removida.

Mas nada disso aconteceu.

No fim das contas, foi um desastre, mas nada que pudesse impedir “The Long and Winding Road” de fazer o que 19 singles anteriores dos Beatles haviam feito (ou seja, liderar as paradas da Billboard).

Quanto ao arranjo de Spector, Paul deve ter tolerado isso, pois ele o usou em suas apresentações solo por muitos anos.

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https://mistercuriosidades.com/o-hit-dos-beatles-que-paul-mccartney-nao-queria-que-fosse-lancado/