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O diabetes em virada histórica

Insulina deve substituir o tipo NPH e representa avanço para quem vive com diabetes

O Brasil está dando um passo histórico no tratamento do diabetes.

Com a escassez mundial da insulina NPH, o país iniciou a distribuição gratuita da insulina glargina, de ação prolongada, nas unidades do SUS.

Anápolis já aderiu ao novo protocolo, com distribuição iniciada em 6 de fevereiro.

A substituição marca o início de um programa nacional de transição que deve durar dois anos, segundo o endocrinologista Jorge Cecílio Daher.

A expectativa é melhorar o controle glicêmico de milhões de brasileiros, com um medicamento mais eficaz e seguro.

Crise global

A distribuição da insulina glargina nas redes públicas de saúde responde à crise global na produção da insulina NPH, tradicionalmente usada no Brasil.

O diferencial da glargina está em sua ação prolongada, que dura cerca de 24 horas e garante um controle mais estável da glicose.

Segundo o Dr. Jorge Cecílio Daher,

a substituição é positiva, mas será gradual.

Esse é um projeto para os próximos dois anos.

A produção da glargina exige tempo, pois envolve a extração do hormônio a partir de culturas de bactérias ou leveduras,

o que requer estrutura biotecnológica avançada,

explica.

Situação em Anápolis

Em Anápolis, a distribuição da insulina glargina começou em fevereiro e, até então, era responsabilidade do município.

Com a reestruturação do programa, a entrega para pacientes com diabetes tipo 1 passou a ser feita também pelo Centro Estadual de Referência em Medicamentos Especiais (Juarez Barbosa).

Segundo Larissa Roberta Soares,

presidente da Associação de Defesa dos Diabéticos de Anápolis (ADDA), tanto a insulina glargina quanto a NPH seguem sendo disponibilizadas na cidade.

As duas insulinas estão sendo distribuídas, com receituário e documentação adequados, tanto no Juarez Barbosa quanto nas unidades do município.

Não sabemos até quando a NPH será mantida, mas ela ainda está acessível, afirma.

Por que a glargina é melhor que a NPH?

A insulina NPH tem ação intermediária, com picos de efeito que aumentam o risco de hipoglicemia, especialmente à noite.

Já a glargina oferece uma liberação contínua e previsível, o que melhora o controle da glicose ao longo do dia.

Além de eficácia, a glargina traz mais segurança e qualidade de vida ao paciente,

ressalta Jorge Cecílio.

Estudos clínicos já mostraram que a troca reduz complicações a longo prazo, como neuropatia, retinopatia e doenças cardiovasculares, além de melhorar a adesão ao tratamento.

Com a implantação do programa, o Brasil assume posição de liderança global ao oferecer gratuitamente um dos análogos de insulina mais modernos no mercado.

Em um contexto de escassez, adotar uma solução superior é uma resposta estratégica e humana.

Estamos diante de uma virada histórica no cuidado com o diabetes.

A expectativa é que o SUS seja ainda mais resolutivo nos próximos anos,

conclui Jorge Cecílio.

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Por José Aurelio
Jornalista

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Para o endocrinologista Jorge Cecílio Daher, a substituição traz um medicamento mais eficaz e seguro.
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  • José Aurélio Mendes

    Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), é especialista em Gestão de Tráfego e elaboração de textos. Também atua como apresentador em vídeos. Possui larga experiência, tendo atuado por 20 anos como repórter e apresentador nas TVs Globo, Record e Bandeirantes. Suas habilidades na comunicação se estendem ainda à edição de imagens e vídeos, design, fotografia e assessoria de comunicação. Possui graduação em Direito pela Universidade Evangélica de Anápolis (UniEvangélica) e presta serviços como Mestre de Cerimônias para os mais diversos eventos.

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